R&D Unit funded by

Sentence view

Couço, excerto 61

LocationCouço (Coruche, Santarém)
SubjectAs alfaias agrícolas
Informant(s) Danilo
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ernestina Carrilho
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Em Em Montargil, no amanso de Montargil, compravam-se os bezerrinhos na feira da Ponte
[2]
de Sor e depois punham-se com uma canga,
[3]
e andavam atrás dos carros.
[4]
Quando iam trabalhar, sabiam voltar,
[5]
sabiam várias coisas.
[6]
Ensinavam-lhe.
[7]
INF Aqui é que era.
[8]
Aqui é que era.
[9]
Os garraios tinham dois, três anos dois anos
[10]
Com dois dois anos e meio, três é que metiam a amansar.
[11]
INF Os garraios.
[12]
Ia um garraio que era mais manso e um boi manso a trabalhar como um garraio à parelha dele.
[13]
Ia o Ia um boi manso para o segurar e
[14]
um boi ensinado a trabalhar, para ensinar o outro garraio.
[15]
Depois quando trabalhava aquele que viam que estava manso, metiam um outro mais aquele.
[16]
Depois, ao fim daí dum mês de trabalharem assim, a quatro ou a seis, iam então, é que se juntavam os dois a trabalhar com uma corda cada um, e a lavrar nesses chaparros.
[17]
Havia homens especialistas.
[18]
Havia grandes homens com grande ciência e com grande arte para trabalhar com esses bois.
[19]
E eram escolhidos.
[20]
Havia muito homem, muito artista, na região.
[21]
Havia aqui grandes esgalhadores,
[22]
esgalhavam os chaparros,
[23]
[vocalização] faziam uns golpes como devia de ser.
[24]
Esgalhavam,
[25]
agricultavam,
[26]
adubavam-se os chaparros, que os chaparros não se secavam.

Edit as listText viewSentence view