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Fontinhas, excerto 57

LocationFontinhas (Praia da Vitória, Angra do Heroísmo)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Celisa Cesaltina
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationSandra Pereira Márcia Bolrinha
LemmatizationMárcia Bolrinha

Text: -


[1]
INF1 É um colar que a gente até lhe mete
[2]
Fura com uma agulha
[3]
e mete uma linha preta dentro.
[4]
INF2 É.
[5]
INF1 E cortamos [vocalização] com a agulha.
[6]
A agulha sai de banda a banda, com uma linha de de algodão preto.
[7]
INF1 E cortamos ali
[8]
e cortamos aqui atrás,
[9]
fica a linha ali dentro.
[10]
Seca-se num instante.
[11]
INF1 Sim senhora.
[12]
Assim é que elas fazem, que a gente faz, que eu também
[13]
INF1 Que eu também fiz!
[14]
INF1 Senhora?
[15]
INF1 Sim senhora,
[16]
é que metia à gente.
[17]
Que a gente, às vezes, saía com uns sapatos mas, às vezes, compravam-nos apertadinhos
[18]
e depois ele fazia o calo.
[19]
À primeira vez que a gente saía com eles, fazia calo.
[20]
Ela pegava em si: "Bota o "!
[21]
Metia a agulha, de banda a banda,
[22]
e cortava a linha atrás
[23]
e cortava adiante, que era para não estar a puxar a linha.
[24]
INF1 E aquilo secava sempre sendo em poucos dias.
[25]
INF1 Porque levava um dia ou dois para se secar;
[26]
depois caía a pelinha,
[27]
caía aquela linha, pronto!
[28]
INF1 Ah, isso então assim é que a minha mãe fazia.
[29]
Era a gente antiga!

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