Representação em frases

Vila Praia de Âncora, excerto 18

LocalidadeVila Praia de Âncora (Caminha, Viana do Castelo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Agesilau

Texto: -


[1]
INF Essas barracas de madeira, pode haver alguma mas é para. [pausa] para arrecadação, assim de animais, de, da de sargaço [pausa] e de e coisas de, de de lavradores.
[2]
Isso é que pode haver.
[3]
Mas Mas para viver, não.
[4]
INF Para viver, não mais de madeira, não senhor.
[5]
Para viver, não vejo aqui nada.
[6]
Não senhor.
[7]
Eu nasci [pausa] nes- Eu nasci numa barraca [pausa] de madeira mesmo madeiramento, [pausa] tudo de madeira.
[8]
De madeira.
[9]
Olhe, eu, quer que lhe diga, eu nasci [pausa] num ponto, minha senhora desculpe que lhe diga cheio de piolhos, pulgas, percevejo, ratos, de tudo.
[10]
Eu vivi no meio disso tudo.
[11]
E depois é que veio, mais tarde isso era eu casa-
[12]
Depois era casado eu.
[13]
E depois, quando eu era casado é que veio [pausa] uma lei de Lisboa ou donde fosse, do Porto, ou donde fosse de dar aqui uma desinfecção por toda esta zona, uma des- uma desinfecção .
[14]
[pausa] Que botavam de criolina e ha-
[15]
Havia aqueles pós para matar os piolhos e tudo, e percevejos e tudo.
[16]
Daí para , minha senhora, é que nunca mais se viu esses bichos.

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