Representação em frases

Vila Praia de Âncora, excerto 18

LocalidadeVila Praia de Âncora (Caminha, Viana do Castelo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Agesilau
InquéritoALLP
Ano do inquérito1985
Inquiridor(es)Gabriela Vitorino
TranscriçãoSandra Pereira
RevisãoErnestina Carrilho
Anotação POSSandra Pereira
Anotação sintáticaCatarina Magro
LematizaçãoDiana Reis

Texto: -


[1]
INF Essas barracas de madeira, pode haver alguma mas é para. [pausa] para arrecadação, assim de animais, de, da de sargaço [pausa] e de e coisas de, de de lavradores.
[2]
Isso é que pode haver.
[3]
Mas Mas para viver, não.
[4]
INF Para viver, não mais de madeira, não senhor.
[5]
Para viver, não vejo aqui nada.
[6]
Não senhor.
[7]
Eu nasci [pausa] nes- Eu nasci numa barraca [pausa] de madeira mesmo madeiramento, [pausa] tudo de madeira.
[8]
De madeira.
[9]
Olhe, eu, quer que lhe diga, eu nasci [pausa] num ponto, minha senhora desculpe que lhe diga cheio de piolhos, pulgas, percevejo, ratos, de tudo.
[10]
Eu vivi no meio disso tudo.
[11]
E depois é que veio, mais tarde isso era eu casa-
[12]
Depois era casado eu.
[13]
E depois, quando eu era casado é que veio [pausa] uma lei de Lisboa ou donde fosse, do Porto, ou donde fosse de dar aqui uma desinfecção por toda esta zona, uma des- uma desinfecção .
[14]
[pausa] Que botavam de criolina e ha-
[15]
Havia aqueles pós para matar os piolhos e tudo, e percevejos e tudo.
[16]
Daí para , minha senhora, é que nunca mais se viu esses bichos.

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