Representação em frases

Vila Praia de Âncora, excerto 42

LocalidadeVila Praia de Âncora (Caminha, Viana do Castelo)
AssuntoO porco e a matança
Informante(s) Agesilau

Texto: -


[1]
INF Ainda no Antes do Natal, fui eu e a minha mulher, às duas matanças de porcos da minha filha.
[2]
Fomos dua- E quem fez o sa- a comida o, cha- nós aqui chamamos sa- sarrabulho , quem fez o sarrabulho foi a minha mulher!
[3]
Ai!
[4]
Pelo acaso, não é por gabar a minha mulher,
[5]
mas a minha mulher foi cozinheira.
[6]
Eu, quando casei, a minha mulher era cozinheira de servir!
[7]
A minha mulher era cozinheira de servir quando na- namorava comigo num polícia n [vocalização] - destes polícias secretas, desses polícias não destes polícias que andam a re-, a investigar, a [vocalização] a descobrir roubos
[8]
INF Isso!
[9]
A m- A minha mulher esteve ,
[10]
era cozinheira de cozinheira, ali no Porto!
[11]
Esteve no Porto
[12]
INF Sabe.
[13]
Também foi cozinheira dum, dum dum casamento duma amiga.
[14]
, .
[15]
Foi ela também que [pausa] preparou tudo!
[16]
Bem, ela [pausa] deu os planos.
[17]
Quem estava a preparar era [vocalização] ajudantas.
[18]
E a minha mulher foi agora,
[19]
chamou chamou-a a minha filha q-.
[20]
À uma, sabe preparar as carnes, que a minha filha não sabe.
[21]
Nós fomos para preparar as carnes, as chouriças, isso tudo, não é?
[22]
A minha mulher sabe.
[23]
Por acaso essa essa é especial,
[24]
até até a vizinhança [pausa] chama por a minha mulher para lhe preparar aquelas carnes, porque as carnes de porco [pausa] têm muita coisa que se lhe diga.
[25]
INF Para conservar.
[26]
E a minha mulher foi que fez o sarrabulho.
[27]
Sabe quantas pessoas eram à mesa?
[28]
Éramos vinte
[29]
não eram muitas
[30]
eram vinte e quatro pessoas à mesa.
[31]
Para um sarrabulho, vinte e qua-
[32]
É um Era um baptizado!

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