INQ Depois o vinho depois de estar feito, guardava-se dentro de quê?
INF [vocalização] É dentro de tonéis. [pausa] E o Ansur, para acabar com os tonéis – que o gajo tinha lá tonéis pequeninos que eu cabia lá de pé dentro deles –, [pausa] mandou fazer mas foi casas. Tonéis em cimento. Eh pá! Eu não sabendo, [pausa] mas [pausa] daqueles novos! E um dia avanço lá pelo meio da adega – eu vinha duma hortazita que eles tinham lá ao fundo da vinha e passei assim por dentro da adega –, pó-pó-pó-pó-pó-pó-pó! "Ai, deve estar para aqui, alguma coisa a ferver"! Subo escada acima, chego lá, estava assim [pausa] uma coisa assim deste tamanho. Tudo em cimento! Era um funil, hem! Cabia um homem, dali, a entrar lá para dentro ! Era aquilo que estava cheio de- de vinho e o estava a ferver. [vocalização] Bonito, sim senhora! Mas eu não tinha a não tinha o treino daquelas coisas. Fui lá acima; ninguém me viu lá ir mas eu também não disse a ninguém, nem fiz admiração, que era para os outros não dizer dizerem assim: "O parvo, o filho da puta nem sabia o que era isto"!
INQ E o… O tonel costumava ter uma coisa à frente, que a gente abria ou fechava para poder, para poder sair o vinho.
INF Isso é o [vocalização] a torneira das provas.
INQ E sabe o nome que se dava nesses tonéis de madeira a cada uma daquelas tábuas, que formavam depois todas o tonel?
INF [pausa] Eu soube isso, mas agora não me recorda.