COV40

Covo, excerto 40

LocalidadeCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Arquibaldo
InquéritoALEPG
Ano do inquérito1992
Inquiridor(es)Gabriela Vitorino Luísa Segura da Cruz
TranscriçãoSandra Pereira
RevisãoAna Maria Martins
Anotação POSSandra Pereira
Anotação sintáticaMélanie Pereira
LematizaçãoDiana Reis

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INF Num tempo, você, as senhoras, [vocalização] a gente quando criou, de dez pessoas arranjava vinte.

INQ1 Rhum-rhum.

INF Hoje quer cinco, não arranja duas.

INQ2 Pois.

INF Ah! Porque eu ainda tenho tido uma sorte muito grande, porque eu faço o seguinte: [vocalização] olhe, aqui na Castanheira, em Gestoso, na Agualva, na Lomba, vêm com as vacas ao touro, e eu àqueles que me ajudam ajudem não levo nada.

INQ2 Pois.

INF Àqueles que me ajudam ajudem não levo nada!

INQ1 quê?

INF Que me ajudam! Que me ajudam a trabalhar, eu não lhe levo nada!

INQ1 Ai, pois, pois, pois, pois, pois.

INF Vêm outros que querem: "Olha, eu precisava de um alqueire de centeio". Eu dou-lho dado. "Eu precisava de lhe pedir um alqueire de milho". Eu dou-lho dado. "Eu precisava de vinho". Eu dou-lho dado. Ora bem, aquela gente recompensa e diz assim: "Bom [vocalização], fulano precisa, temos que ir ajudá-lo". E vêm-me dar. Quer dizer, eu pago sem sentir.

INQ1 Pois.

INF Em dinheiro corrente, quase nunca pago. Nunca pago!

INQ1 Pois, pois, pois.

INF Nunca pago. Porque depois vêm-me ajudar mas é gente mais pobre Ele uns precisam de milho, outros precisam de centeio, outros precisam de vinho [pausa] e eu, tenho de sobra, [pausa]

INQ2 .

INQ1 E .

INF dou.

INQ1 E depois na altura em que é preciso, eles vêm.

INF Eles vêm.


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