CTL41

Castro Laboreiro, excerto 41

LocalidadeCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Alarico Albertina
InquéritoALEPG
Ano do inquérito1989
TranscriçãoSandra Pereira
RevisãoMaria Lobo
Anotação POSSandra Pereira
Anotação sintáticaCatarina Magro
LematizaçãoDiana Reis

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INF1 Quer-se dizer, ele tinha [pausa] muitas propriedades, mas deixaram-lhas as tais que se diziam avós. Que, naquele tempo, ninguém era raro as senhoras saber ler E tinha então uma, [pausa] uma [pausa] uma velha, que lhe chamavam Alcinda, [pausa] e [vocalização] e sabia ler.

INF2 Sabia ler!

INF1 Sabia ler.

INF2 E fazia à mão os os fatos das noivas. À mão!

INF1 Os fa [vocalização] Os fatos das noivas, fazia-os ela.

INF2 Era ela é que fazia os fatos das noivas daquele tempo.

INF1 E [vocalização], e depois: [pausa] E depois, então, el- essa, eu lembra-me quando é que eu queria ir para os meus cunhados Os tais que se foram embora Não quiseram Não quiseram saber de mais nada. Apareceram depois de vinte e cinco anos. E [vocalização] E eu ia à procura deles para a brincadeira, não é? E então, eu chegava e, na vez de ir-lhe perguntar por eles, assim com um bocado de tal para que me ela não corresse, perguntava-lhe pela minha sogra falecida. Chamava-se Aldina. E então, saía-me ela à porta, com o livro na mão, como tem a senhora, às vezes, a ler com aquela idade! Que ela tinha Ela morreu para aí de noventa anos, não Albertina?

INF2 Noventa e seis.

INF1 Noventa e se-. E quer-se dizer, e lia! Aparecia com o livro à porta: [pausa] "Que queres? Aqui não tia Aldina nem tio Aldino. Vai-te embora". Ela bem percebia que eu que ia à procura deles.


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