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FIG29

Figueiró da Serra, excerto 29

LocationFigueiró da Serra (Celorico da Beira, Guarda)
SubjectAs alfaias agrícolas
Informant(s) Apeles
SurveyALEPG
Survey year1997
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INQ Antigamente Eu sei que uma coisa que no arado se chamava a, a cega ou a sega?

INF A sega.

INQ É.

INF É aquele ferro que tem que lhe punham no [vocalização] Mas isso era mais para o para os arados de pau.

INQ Pois.

INF Para os arados de pau, porque os de ferro não não precisavam disso.

INQ Rhum-rhum. Nos arados de pau! Mas havia um arado com a sega ou era mesmo no arado que tinha a relha e isso tudo, à frente tinha uma sega Era isso?

INF Era.

INQ Não era

INF A sega, lha t- lha punham quando era preciso.

INQ Ah! Portanto, o tamão tinha um buraco onde se punha essa

INF O tamão tinha um buraco e depois tinha um ferro, uma espécie duma dum punhal [pausa]

INQ Rhum-rhum.

INF que enfiavam ali naquela parte. Por cima, tinha um buraco, seguravam-no ali que era para cortar certos terrenos.

INQ Pois, quando o terreno era Ou mais duro

INF Mais Mais duro e que tinha [vocalização], às vezes, até matos e coisas [pausa] para ajudar!

INQ É que eu não sabia é se era uma, uma espécie dum arado que tivesse sega, não tivesse mais nada. Não?

INF Não, não.

INQ A sega era

INF Não era o um arado.

INQ No de pau?

INF No de pau. E a sega era posta para terrenos que eram precisos.

INQ Rhum-rhum. Não sabia.

INF Ou, por exemplo [vocalização] , que tinha muito estrume, façamos de contas.

INQ Sim senhor.

INF E depois punham-lhe a sega porque sempre cortava mais para para se cortar o terreno.


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