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LAR25

Larinho, excerto 25

LocationLarinho (Torre de Moncorvo, Bragança)
SubjectA rega
Informant(s) César Cesário
SurveyALEPG
Survey year1996
Interviewer(s)Gabriela Vitorino Luísa Segura da Cruz
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INQ1 Chama-lhe um quê, a esse depósito? Tem algum nome?

INF1 [vocalização] Um tanque. Um tanque, um depósito, . A gente: "Fazer ali um depósito", é normalmente Normalmente é um depósito. E [vocalização] E depois, por exemplo, aquilo tem um uma torneira com uma saída pequena, a gente abre, sai consoante a gente quer, poupa-se mais água e fica melhor a rega. Fica o serviço mais bem feito. Mas nem todos podem Eu tenho para um bocado de terreno que sai assim o leva o motor: uma vai para um lado, outro vai Vai demais, pronto. Até leva as batatas na frente.

INQ1 Claro.

INF1 Mas não outra hipótese. É. Até leva as batatas na frente, que aquilo sai com uma velocidade danada, mas não outra hipótese, governamo-nos assim.

INQ1 Claro.

INQ2 Pois.

INF1 É.

INQ2 E aqui cada um tem o seu poço ou como é que fazem para todos poderem regar?

INF1 Quer dizer, quem tem tem; quem não tem não tem.

INF2 Não rega.

INQ2 E como é que faz?

INQ1 Não repartem as águas ou?

INF1 Não, não. Normalmente, não, porque normalmente é raro haver assim prédios aqui arrumados uns aos outros, portanto, é claro, se houver um prédio dum vizinho que tem muita água e o doutro não tem, a pessoa dá-lhe. Dá-lhe a água. Porque se há-de estar a a ir embora, logo que tenha água à farta, dá-lha. Que não não adianta nada ir-se a perder ou assim, não é verdade? Faz jeito ao vizinho. Mas normalmente por aqui donde se põe o renovo, quase toda a gente tem uma aguinha.

INQ1 Rhã-rhã.

INF1 Quase toda a gente Também praticamente as põem [pausa] quem tem água. Isso a gente sabe que os anos têm vindo ruins, secos este ano é que foi um aninho menos mau , mas anos que que não muita, que pouca água. E a gente sabe: se as vai a pôr, não as mais, não põe renovo donde não haja água.

INQ1 Claro.

INF1 É. Normalmente E é claro, toda a gente tentou explorar e toda a gente tirou uma aguinha para o Donde a não tiraram, não põem o renovo, deixam-no para outras coisas; donde tiraram água, quem calhou a arranjar água, é donde põe o renovo.

INQ2 Pois.

INF1 É assim.

INQ2 E como é que faz para? Como é que vem a água do sítio onde ela existe para regar os vários preci-, os bocados que é preciso regar?

INF1 [vocalização] A água sai, por exemplo, sai O motor tira-a se se houver [vocalização] um tanque, um depósito para a pôr como a gente falou , vai; se não houver, faz-se um rego e ela vai por o rego abaixo [pausa] para o destino.

INQ1 Como é que se chama esse rego que sai logo do poço?

INF1 pessoas que chamam gateiras, mas normalmente uma gateira é uma coisa que está fixa, que se faz para sempre. Nós, aqui, é um rego. Pronto. Fazer um rego do poço directo aos renovos. Por exemplo, lugares [vocalização] até nessas aldeias; em Felgueiras até ainda é capaz de haver , que faz uma gateira, que ali um bocadinho de água a correr constantemente, todo o ano.


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