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MIN29

Arcos de Valdevez, excerto 29

LocationArcos de Valdevez (Arcos de Valdevez, Viana do Castelo)
SubjectA agricultura
Informant(s) Antístenes
SurveyALEPG
Survey year1996
Interviewer(s)João Saramago Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INQ1 O senhor , disse aquilo que se aproveita da, dos animais para levar para o campo

INF ? Com licença, é o estrume.

INQ1 E quando era um campo muito grande, e o senhor queria semear tudo de centeio, não é, para saber o que é que ia se-, semear, não fazia umas marcas no campo que era para poder saber o que é que?

INF As balizas.

INQ1 Diga?

INF As balizas [pausa] para se semear.

INQ1 E como é que era essas balizas eram feitas? Era com?

INF Era com os ramos.

INQ1 Punham ramos.

INF Punham ramos de [vocalização] Uns ramos de, de [vocalização] de coisa, de carvalho ou de [vocalização] qualquer coisa. Ele metiam-se que havia assim O salgueiro! Salva-se Chama-se o salgueiro! O salgueiro não semente e a gente escolhia sempre um, as bal-, para meter as balizas, umas peças duma árvora que que desse semente. Assim como o carvalho que landras, ou um castanheiro, ou uma cerdeira, ou qualquer coisa.

INQ2 E porque é que tinha de ser essas árvores?

INF Como?

INQ2 Porque é que tinha de ser árvores que desse isso, que dessem?

INF Não. [vocalização] Era o costume da gente, . Que, se tivesse de dar, [pausa] Deus é que marca e [vocalização] e dava na mesma. Mas a gente escolhia sempre aquela coisa daquelas árvores que dessem semente.

INQ1 Pois.


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