MTM09

Moita do Martinho, excerto 9

LocalidadeMoita do Martinho (Batalha, Leiria)
AssuntoA criação de gado
Informante(s) Cassiano
InquéritoALEPG
Ano do inquérito1994
Inquiridor(es)João Saramago Gabriela Vitorino
TranscriçãoSandra Pereira
RevisãoAna Maria Martins
Anotação POSSandra Pereira
Anotação sintáticaMélanie Pereira
LematizaçãoDiana Reis

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INQ1 Quando o vitelo acaba de nascer, a vaca o que é que costuma fazer com a língua?

INF É lambê-lo. Fa- [vocalização] É zelá-lo com a com a língua. Era sempre a lamber nele. E não eram E não se podia chegar muito perto de alguns, que nós tivemos , que eles com aquela soberba Eu cheguei a apanhar alguns algumas coisas perigosas com isso. Não conhecia. Se tinha a vaca por muito mansa até àquela altura, facilitava nela, chegava , ele uma vez aconteceu que [pausa] se não me acodem, ela bem [vocalização] bem dava conta de mim, não é?

INQ2 Mas é Dava conta Mas à cornada ou?

INF Pois, à cornada, com aquele, com aquele sôfrega, não é? Com aquele

INQ2 Com a aflição que tinha.

INF Com aquela soberba de ter a cria ao , isso abria a boca e berrava, e corria a gente co- com a cornada, como o toiro, esse, por exemplo, que anda na nas praças de tourear.

INQ2 Claro, claro.

INQ1 Elas ficam, ficam mansas

INF E depois passado dois ou três dias, não é nada com elas, não é nada disso. vol- A vaca volta ao seu outra vez ao [pausa] ao normal, não é?

INQ1 Ao normal.

INQ2 Ao normal.

INF se prendia e soltava-se. Mas às vezes para um homem a prender! Porque a gente depois de ela estar umas horas com o vitelo, tornava-se a prender, não é?

INQ2 Pois. Pois, pois.

INF E para a levar à prisão é que era o problema.

INQ2 Claro.

INF E isso calhava-me tudo a mim, porque os meus irmãos nunca ligaram a isso.


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