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PVC25

Porto de Vacas, excerto 25

LocationPorto de Vacas (Pampilhosa da Serra, Coimbra)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Cátia Carminda
SurveyALEPG
Survey year1995
Interviewer(s)Gabriela Vitorino João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INQ1 Nunca havia assaltos pelas serras?

INF1 Não. Não, não, não nisso nunca nos [vocalização]

INQ1 Nunca houve problema?

INF1 Não havia assaltos.

INQ2 E ia, ia quê? Uma vez por mês à Covilhã, ou?

INF1 Ia Era conforme. Era conforme os que a gente ajuntava: se a gente então falava em juntar-se, era todos os sábados [vocalização] Todos os domingos havia praça, havia [vocalização] se vendia. Todos os domingos se vendia se a gente estivesse. Era: em tendo em tendo carrego para levar, a gente falava com as outras vizinhas que quisessem ir com a gente e [vocalização] e íamos.

INF2 Era numas cestas. As cestas

INQ2 Pois.

INF1 Ah, pois. Era uma cesta grande! E aquilo era cada carrego! Quanto maior quanto maior era o carrego, mai- mais dinheiro a gente fazia.

INQ1 Claro.

INF1 Mais dinheiro.

INQ2 Normalmente conseguia vender tudo?

INF1 Vendíamos tudo. Aquando não acabávamos de vender na praça, íamos às portas [pausa] acabar de vender. Íamos às [vocalização] portas, [vocalização] acabávamos de vender aquilo por um lado e por outro cada uma por onde podia.

INQ2 E esse caminho que disse que fazia passava pelo Fundão ou não chegava ao Fundão, ia por c-, mais por cima?

INF1 A gente não ia pelo Fundão.

INQ2 Ia mais por cima.

INF1 A gente era aqui [vocalização] por Silvares vossemecê também se calhar sabe.

INQ1 Silvares?

INQ2 Rhum-rhum.

INQ1 Sim, sei.

INF1 Sabe? Era por Silvares, Ourondo Ourondo, não; ele não íamos por Ourondo; [vocalização] engano-me; ele Ourondo é quando a gente vai no no carro. Ele íamos ao redor de Ourondo, íamos pelo Barco [vocalização]

INF2 De Silvares ao Barco?

INF1 [vocalização] Era pelo Barco, uma terra que chamam o Barco. E [vocalização], e E ali havia uma passagem, ali hav- havia umas passagens [vocalização] Ali o rio era assim assente

INQ1 Qual era o rio que passa ?

INF1 Era este.

INQ1 É este aqui? O Zêzere?

INF1 Era este rio, que que vem da Serra de Estrela. Este é o rio que vem da Serra de Estrela para ci- para baixo.

INF2 O rio Zêzere.

INF1 O rio Zêzere é o que nasce na na Serra de Estrela, mas vem ajuntando, ajuntando, ajuntando, muitas ribeiras e

INQ1 Pois.

INF1 e barrocos por baixo [vocalização], quanto mais para baixo é, mai- mais água leva. E [vocalização] E nós [vocalização] passávamos naquele naquele rio. Havia ali Aquando era no Verão, ele era ali umas, umas ali um tabuão chamamos uma que é de pinheiros assim , um tabuão muito largo, e e assim co- com uns vergueiros de, de, de chamamos nós dos que estão dos que estão à beira do rio, de de salgueiros, assim aqueles vergueiros a atar a as tábuas por baixo

INQ1 Os vergueiros é o quê?

INF1 Os vergueiros é [vocalização]

INQ1 Ah! Aqueles coisos para, que servem para atar?

INF1 [vocalização] Esses coisos que é que era para atar. Que eram aqueles vergueiros fortes, assim para atar, por cima da tábua. Mas havia muitas E eu hoje também não era capaz de passar. Se fosse hoje, da minha cabeça, não era capaz de de passar. Que ali no rio é assim muito assente, e e daí era muito largo! Metia a água, ia a água assim muito espalhada, era ele mais largo. E eu ia muito Levava [vocalização] Ia passar muitos carregos das outras, [pausa] porque havia muitas que não eram capazes de passar, que metia medo. Era mu- [vocalização] Aquilo por uma tábua! Ora a gente carregada e assim muito, e com aqueles vergueiros que tinha a atravessar por cima da tábua, a dar para empeçar com o e de a gente ir para o rio.

INQ1 Pois.

INF1 Que havia E chegavam a cair [vocalização] para o rio.

INQ1 Ai é?


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