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STA28

Santo André, excerto 28

LocationSanto André (Montalegre, Vila Real)
SubjectAs festas religiosas e profanas
Informant(s) Hortense
SurveyALEPG
Survey year1984
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INQ1 um dia , no fim de Outubro, princípio de Novembro em que todas as pessoas vão ao cemitério

INF Dia de Todos os Santos e dia de Fiéis Defuntos.

INQ1 E o que é que fazem nesses dois dias?

INF Olhe, vão limpar as campas dos falecidos que e enchem-nas de flores. Depois, o outro dia, vai o senhor padre com a gente toda rezando.

INQ2 Pois. E, e em que dia é que é a festa aqui de?

INF De Fiéis Defuntos?

INQ2 Não. De, daqui da aldeia.

INF Não temos festa.

INQ2 Não?

INF Não festa. Temos uma festinha fraca, que é o dia 3 de Fevereiro, que é dia de São Brás. É o advogado da garganta. Mas é uma festa uma festa fraca.

INQ2 Mas não costuma, não costuma sair da igreja com o santo pela rua?

INF A procissão. É.

INQ1 Olhe, então e o Santo André não tem nada?

INF Nada. Esse , coitado, fica desprezado. Se calhar nem a missa lhe diz, o padre.

INQ2 E o Santo André é que é o?

INF O padroeiro.

INQ2 O padroeiro.

INF É. [pausa] Mas festejam mais o São Brás, que é advogado da garganta. Porque esse se nos tapa a garganta, vamos! E o Santo André é da terra, esse está sempre connosco. Mesmo o São Brás é que é mais maroto, que nos tapa a garganta.


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