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STJ61

Couço, excerto 61

LocalidadeCouço (Coruche, Santarém)
AssuntoAs alfaias agrícolas
Informante(s) Danilo

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INF Em Em Montargil, no amanso de Montargil, compravam-se os bezerrinhos na feira da Ponte de Sor e depois punham-se com uma canga, e andavam atrás dos carros. Quando iam trabalhar, sabiam voltar, sabiam várias coisas. Ensinavam-lhe.

INQ Aqui é que faziam essas

INF Aqui é que era. Aqui é que era. Os garraios tinham dois, três anos dois anos Com dois dois anos e meio, três é que metiam a amansar.

INQ Os garraios?

INF Os garraios. Ia um garraio que era mais manso e um boi manso a trabalhar como um garraio à parelha dele. Ia o Ia um boi manso para o segurar e um boi ensinado a trabalhar, para ensinar o outro garraio. Depois quando trabalhava aquele que viam que estava manso, metiam um outro mais aquele. Depois, ao fim daí dum mês de trabalharem assim, a quatro ou a seis, iam então, é que se juntavam os dois a trabalhar com uma corda cada um, e a lavrar nesses chaparros. Havia homens especialistas. Havia grandes homens com grande ciência e com grande arte para trabalhar com esses bois. E eram escolhidos. Havia muito homem, muito artista, na região. Havia aqui grandes esgalhadores, esgalhavam os chaparros, [vocalização] faziam uns golpes como devia de ser. Esgalhavam, agricultavam, adubavam-se os chaparros, que os chaparros não se secavam.


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