TRC57

Fontinhas, excerto 57

LocalidadeFontinhas (Praia da Vitória, Angra do Heroísmo)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Celisa Cesaltina
InquéritoALEPG
Ano do inquérito1979
Inquiridor(es)Gabriela Vitorino
TranscriçãoSandra Pereira
RevisãoAna Maria Martins
Anotação POSSandra Pereira
Anotação sintáticaSandra Pereira Márcia Bolrinha
LematizaçãoMárcia Bolrinha

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INF1 É um colar que a gente até lhe mete Fura com uma agulha e mete uma linha preta dentro.

INQ Isso. Mete-se uma linha preta dentro?

INF2 É.

INF1 E cortamos [vocalização] com a agulha. A agulha sai de banda a banda, com uma linha de de algodão preto.

INQ Pois.

INF1 E cortamos ali e cortamos aqui atrás, fica a linha ali dentro. Seca-se num instante.

INQ Ai, que engraçado!

INF1 Sim senhora. Assim é que elas fazem, que a gente faz, que eu também

INQ Também é dos antigos?

INF1 Que eu também fiz!

INQ Era também dos antigos isso?

INF1 Senhora?

INQ A sua mãe é que lhe ensinou isso?

INF1 Sim senhora, é que metia à gente. Que a gente, às vezes, saía com uns sapatos mas, às vezes, compravam-nos apertadinhos e depois ele fazia o calo. À primeira vez que a gente saía com eles, fazia calo. Ela pegava em si: "Bota o "! Metia a agulha, de banda a banda, e cortava a linha atrás e cortava adiante, que era para não estar a puxar a linha.

INQ Pois, pois.

INF1 E aquilo secava sempre sendo em poucos dias.

INQ Que engraçado!

INF1 Porque levava um dia ou dois para se secar; depois caía a pelinha, caía aquela linha, pronto!

INQ Sim senhor. Olhe, não sabia.

INF1 Ah, isso então assim é que a minha mãe fazia. Era a gente antiga!

INQ Pois, pois.


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