INQ1 O senhor, ontem, eu acho que disse que no seu princípio de trabalho também tinha feito isso, que era quando era mais novinho, que eles andavam a trabalhar nos campos, nas propriedades, o senhor levava água, fazia recados, que é que o senhor fazia?
INF Ah, pois era. É. Isso era criado de servir. Andava a servir. Pois.
INQ1 Tinha falado em aguadeiro?
INF Era, isso é, era o, e- Era aguadeiro. Que chama-se-lhe um aguadeiro, que andava a dar água-pé e água aos homens.
INQ2 Ai, era aos homens.
INF Quando era mais pequenino, ia e era aguadeiro. Chamavam o aguadeiro ou o água-pezeiro que… Quer dizer, dava bebida. Era mais o nome de aguadeiro
INQ2 Sim.
INF que davam aí.
INQ2 Olhe…
INF Mas era sempre um criado de servir de.
INQ1 E também fazia recados? Pois.
INF Era sempre. O que estava lá a servir era um criado de servir, não é? O que é que o [vocalização] casal tinha sempre trinta homens, vinte homens diários a trabalhar, dava que fazer à pessoa acartar água-pé, vinho, água… Aí um Eu era pequenino,
INQ2 Pois.
INF e ao fazer isso, já fazia muito, com barris de dez li- dez litros às costas, desses barris de arcos, um para trás e outro para a frente, presos os dois no meio… Tinha umas asas, levava ali vinte litros, ia ali com aquilo tudo de rojo com aqui- com aquele peso. E [vocalização] era criado de servir, o que é que chamavam-lhe ele o aguadeiro, não é?
INQ1 Ou água-pezeiro, era?
INF É. Água-pezeiro ou aguadeiro. Aguadeiro quase é que se dava sempre o nome.
INQ1 Era o aguadeiro.
INF Tanto levava água-pé como levava vinho!
INQ2 Pois.