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GRJ68

Granjal, excerto 68

LocalidadeGranjal (Sernancelhe, Viseu)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Ercília Elisa

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INF1 Eu às vezes digo para os meus: "Vocês haviam de ser criados" Os meus netos. "Ai, eu não quero ovos estrelados"! "Ai, eu não quero" O Eufrónio: "Eu quero uma costeleta"! "Eu quero um bife"! Ou assim. Digo assim: "Ai, meus filhos, meus filhos! Se vós passassens o que nós passámos, comiens até pedras"! As codinhas que que muitas vezes lhe dava a tia Felisberta ali, que nos dava às vezes [vocalização] aquelas abadas de Tiravam com a faca o miolo.

INF2 Pois.

INF1 Elas governavam o pão sempre muito bem governado. Tiravam aqueles miolos por cima e eu [pausa] ia buscar assim às vezes

INF2 Então senhor sabe? Muitos pobrezinhos de antigamente vingavam-se assim.

INF1 Éramos uns desgraçadinhos!

INF2 Nós íamos: "Ó senhora, quer a senhora , faz favor, dava-me aqui vidinha a ganhar"? Agora?! Vai-os a gente rogar, há-de-lhe pagar bem

INF1 não querem ir.

INF2 E ainda por favor!

INF1 Ainda é por favor.

INF2 Ainda é preciso convidá-los e [vocalização] assim. Ainda se viram à gente e pronto.

INF1 Eu ontem fiquei doida quando a sua mãe disse que eram cento e trinta mil réis um dia!

INF2 Então!

INF1 Fiquei maluca! Algum dia para se ganhar cento e trinta mil réis!

INF2 Cento e cinquenta agora, que andam as mulheres.

INF1 Ai Senhora de Fátima.

INF2 Cento e cinquenta. Foi quanto a a Felismina pagou às mulheres. E os homens duzentos.

INF1 Deixa


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