MLD07

Melides, excerto 7

LocalidadeMelides (Grândola, Setúbal)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Galeno

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INF Isto, [pausa] a gente, [pausa] a gente vai lidando com as coisas e vai aprendendo, vai tomando instrução, não é?

INQ1 Pois. É isso.

INF Pois, eu , assim uma série de coisas, pois eu não as conhecia, não é? Agora desde que lido com uma classe de pessoas que fizeram a vida disto, logo de miúdos, que vão aparecendo com isto e vão aparecendo com aquilo

INQ1 Pois.

INF "Senhor Galeno, então fez isto"? "Ainda não fiz"! Uma vez é à primeira.

INQ1 Rhum.

INF Que eu sou pessoa que não me importa.

INQ1 Pois.

INF Eu vou fazer aquilo que calha. Põe aquela bicicleta à sombra! [vocalização] pessoas que dizem assim: "Eu, ir fazer isto! [vocalização] Agora ! Isso é que eu não vou fazer"! Eu, não senhor.

INQ1 Pois.

INF Vou experimentar.

INQ1 Pois claro.

INF Uma vez é à primeira. As pessoas não, [pausa] quase que recusam-se fazer qualquer coisa.

INQ1 Pois claro.

INF Mas eu , então por isso, não.

INQ1 Claro. gente que tem mesmo

INF E depois sabe, eu é que não dou à conta. Vocês sabem, eu sou um empregado, não é?

INQ1 Pois, o senhor estava ali. Pois.

INF Eu sou um empregado. Faço nove horas de serviço. Venho de tenho as minhas hortas para tratar; os fins-de-semana tenho as minhas hortas para tratar.

INQ1 Rhum-rhum.

INF Mas então as pessoas têm precisão: "Ó senhor Galeno, preciso de limpar umas laranjeiras; preciso de cavar uma terra; preciso de de mudar umas flores duns vasos para os outros. Venha , homem"! "Eu não lhe posso ir hoje"! "Ah, então tal dia". Põem-me à vontade. E depois eu [pausa] trabalho sempre, não é?

INQ1 Pois claro.

INQ2 Custa-lhe também dizer que não.

INQ1 Pois.


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