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OUT21

Outeiro, excerto 21

LocalidadeOuteiro (Bragança, Bragança)
AssuntoO linho, a lã e o tear
Informante(s) Astreia

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INF Eu ainda teci também o pardo. Uma, uma teia, uma, umas Havia aqui uma senhora, duas senhoras, que morreram era a senhora Augusta e outra, tia do meu homem que tira- teciam o pardo. E depois é que a Augusta encontrou-se doente. Eu ainda estava solteira. E depois chamaram-me, então, para ir a eu tirar a teia do do pardo. Mas sabe como é aquilo! A lançadeira é assim, olhe, a do pardo. [pausa] É assim grande.

INQ Txxx!

INF E depois nós no tear, nos nossos teares, temos a a lançadeira é assim pequenina e chega alevantarmos para correr o fio para ir outra vez por a teia afora, mas aquela não. Eu estava habituada a fazer com a minha, não é, e não com aquelas grandes, e chegava e truz. Ia a outra doente e tudo a tia Augusta, coitada: "Não é assim! Isso mal meto eu! Não se levanta a lançadeira"! Pronto, mas eu estava educada no outro tear.

INQ Mas o tear era igual ou era mais largo?

INF Não. Ele era agora! Ele o tear do pardo era muito largo. Eu ainda teci teias de pardo no meu tear mas era estreito, para fazerem calças. [pausa] Olhe que um ano eu estava a tecer chamam-lhe a carvalha , dia dois de Maio, e uma grande nevada a cair e eu a tecer pardo, ele aqui num [vocalização] Porque ele aquele tear era mais largo que os meus e fui tecer a teia de pardo aqui para uma vizinha.


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