INF Ouvem coisas dum atrasadinho [vocalização], não é [vocalização]?
INQ1 Não, é de uma pessoa que pensa muito sobre as coisas.
INF Mas o que digo é certo.
INQ1 Pois.
INF Digam lá o que disserem [pausa] de mim, [pausa] mas eu não erro numa palavra. O que pode encontrar [pausa] aqui é palavras mal proferidas por falta [pausa] falta de de letras, não é? Não serem as palavras [vocalização]… Mas não, não devem de andar muitas, não devem de haver muitas com muitas faltas.
INQ1 Não, não, não, não. Não senhor.
INF É.
INQ2 Não senhor.
INF Porque é o seguinte, sabe, [vocalização] é porque há pessoas [vocalização] que dizem uma palavra [pausa] que não é próprio. Não é assim, [vocalização] não Não é bem assim. Houve uma falta de letras ou com letras a mais ou qualquer coisa, conforme o hábito de falar. [vocalização] E, nessa altura, há além um outro e repreende. E, às vezes, ele repreende ainda para mais mal. Mas, embora ele repreender para bem, também se po- admite-se, é claro. [vocalização] E, então, essa pessoa [pausa] parece-lhe mal: "Oh Dom, você sabe mais do que eu, ou isto ou aquilo ou aqueloutro". Parece-lhe mal. Eu não. Nunca me parece mal [pausa] se me repreenderem numa palavra que eu [pausa] proferisse mal. Porque eu Antes pelo contrário, agradeço. Porque se eu eu errei, ou, ou quer dizer, errei, não foi bem um erro. Foi porque [vocalização] não sei ler e, então, não disse a palavra… Muitas vezes convivido Nasci neste meiozinho pequeno, que até mesmo mesmo o professor que eu tinha aqui – e a professora, que tínhamos aqui, e, às vezes, a falarmos uns com os outros – também dava, às vezes, um pontapé [pausa] bastante grande. Embora falassem bem com [pausa] outras pessoas [vocalização] mais coiso mas a falarmos uns com os outros, muitas vezes, lá vai, com o hábito da convivência. [vocalização] E [vocalização] E então, [vocalização] é muito natural, a gente [vocalização], a convivermos com os outros aqui no campo [vocalização], pois a gente não sabe, muitas das vezes, quase nada.