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Madalena, excerto 33

LocalidadeMadalena (Madalena, Horta)
AssuntoOs barcos e a pesca
Informante(s) Booz

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INQ Olhe, e quando um pescador chega a velho, os outros ajudam-no? Dão-lhe alguma parte da pesca ou não?

INF Não.

INQ Não dão nada a esse pescador?

INF Aqui [vocalização] , aqui não. Aqui, por exemplo, [pausa] como eu, [pausa] eu tenho do- dois barcos Tinha um barquito pequeno, uma lanchinha pequena, e depois vimos esse barco no estaleiro, que é este maior que tenho, porque os meus irmãos tiraram-me o juízo que devia-se comprar e que assim e que assado. E eu é que comprei e é meu. É tudo meu. E eu faço duas soldadas à embarcação, às duas embarcações. Quer que vaia uma ao mar, quer que vaia as duas, eu faço duas soldadas. Faço, porque eles são meus irmãos, não vou explorá-los. Se fosse outras pessoas que fosse de fora, pois eu não podia fazer duas soldadas. Mas eles como são meus irmãos e ajudam-me muito, portanto eu também não quero comer o trabalho deles. [vocalização] Sei que a despesa está em cima de mim porque eu é que dou tudo, é que compro os preparos, é anzóis, é arame, é a seda, é Tudo o que é necessário para o barco, eu é que compro tudo. Eles o que sai ali de que é do do monte, que a gente chama, que é do dinheiro todo junto, sai o combustível, mais nada. Mas o resto, eu é que dou é que dou tudo. Portanto, não é muito. [pausa] A bem dizer, uma soldada uma soldada é para para arder ali nos preparos.


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