INQ1 E aquela comida que vai dar ao gado? "Olha, são horas de ir dar"…
INF Ao gado. "Bota lá messe. Bota lá nabos. Bota-lhe agora o milho ao gado se que é horas".
INQ2 Rhum-rhum.
INF Agora é ele. Pronto, agora é ele.
INQ1 Não se diz pensar o gado?
INF Olhe, aqui por o geral é: "Bota-lhe de comer". É as coisas para cá. Não vamos estar a dizer que é pensar … Pois o, o um qualquer hoje sabe bem que eu vou pôr: "Aquele é … Olha aquele que bom pensador é de gado". Que é um bom. Mas à moda aqui que se usava era: "Bota-lhe de comer".
INQ1 Sim senhor. E a, essas ervas que é, o que é que é?
INF É diversas.
INQ1 Diga lá o nome de algumas.
INF Olhe, principiando, agora c- agora estamos a usar a bo-, a p-, a [vocalização] já a pôr-lhe o milho, o milho ao gado, a cana do milho, [pausa] o milho ao gado.
INQ2 E mais? Portanto, outras ervas?
INF E depois do milho, agora, ao acabar o milho, ele dão-lhe a folhada dos nabos, a folhada para o gado. [pausa]
INQ1 Pode ir dizendo.
INF Acabou-se a folhada, botamos os nabos ao gado. [pausa] Depois de acabar os nabos, quase por o geral, ele vai vir a ferranha, a messe.
INQ1 Portanto, a messe é só de ferranha?
INF É sim. [pausa]
INQ1 E depois?
INF E depois de acabar a messe, ele volta a vir a nova erva para o gado. [pausa] Erva.
INQ1 E depois é erva.
INF Depois é erva outra vez. Até agora ao milho é sempre erva.