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STA01

Santo André, excerto 1

LocalidadeSanto André (Montalegre, Vila Real)
AssuntoA criação de gado
Informante(s) Gotardo

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INQ1 E aquela comida que vai dar ao gado? "Olha, são horas de ir dar"

INF Ao gado. "Bota messe. Bota nabos. Bota-lhe agora o milho ao gado se que é horas".

INQ2 Rhum-rhum.

INF Agora é ele. Pronto, agora é ele.

INQ1 Não se diz pensar o gado?

INF Olhe, aqui por o geral é: "Bota-lhe de comer". É as coisas para . Não vamos estar a dizer que é pensar Pois o, o um qualquer hoje sabe bem que eu vou pôr: "Aquele é Olha aquele que bom pensador é de gado". Que é um bom. Mas à moda aqui que se usava era: "Bota-lhe de comer".

INQ1 Sim senhor. E a, essas ervas que é, o que é que é?

INF É diversas.

INQ1 Diga o nome de algumas.

INF Olhe, principiando, agora c- agora estamos a usar a bo-, a p-, a [vocalização] a pôr-lhe o milho, o milho ao gado, a cana do milho, [pausa] o milho ao gado.

INQ2 E mais? Portanto, outras ervas?

INF E depois do milho, agora, ao acabar o milho, ele dão-lhe a folhada dos nabos, a folhada para o gado. [pausa]

INQ1 Pode ir dizendo.

INF Acabou-se a folhada, botamos os nabos ao gado. [pausa] Depois de acabar os nabos, quase por o geral, ele vai vir a ferranha, a messe.

INQ1 Portanto, a messe é de ferranha?

INF É sim. [pausa]

INQ1 E depois?

INF E depois de acabar a messe, ele volta a vir a nova erva para o gado. [pausa] Erva.

INQ1 E depois é erva.

INF Depois é erva outra vez. Até agora ao milho é sempre erva.


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