STJ41

Santa Justa, excerto 41

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoO oleiro
Informante(s) Dagoberto

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INF Isto para cozer depois tinha tinha [pausa] que ter uma determinada enxuga verdadeiramente enxuto, não é? [pausa] Tinha que estar verdadeiramente enxuto. Se fosse para o, para o forno Se fosse para o forno mal mal seco, depois no forno racha tudo. Tinha que te- Tem que ter [vocalização] uma uma enxuga mesmo que a gente verifique que está mesmo enxuto por fora e por dentro, [pausa] para para aguentar depois o fogo. Porque se for para meio seco e [vocalização] meio [vocalização] e assim meio fresco, isso rebenta tudo, racha tudo. Tem que estar verdadeiramente seco. [pausa]

INQ1 E este barro aqui não tem nada por cima, pois não? Nunca passavam nada

INQ2 Por dentro.

INQ1 Aqui por dentro, o que é que passava para ficar?

INF Não, este por dentro este por dentro é vidrado. Chamamos-lhe nós vidrado. Isto é passado com uma tinta, o chamado zarcão de vidrar. Que esse zarcão de vidrar até serve também para pintar; mas mas zarcão de pintura e zarcão de de vidrar. E o zarcão de vidrar também é mais caro e os pintores fogem a ele. Mas até por acaso é bastante bom para para pintar. Isto é zarcão de vidrar, [vocalização] que é um produto que é feito à base de chumbo, à base de chumbo; depois isso [vocalização] era dissolvido no, no numa vasilha qualquer, assim larga; e então depois, nós, depois de termos ali aquilo fabricado, deitávamos aquilo para dentro, [vocalização] abanávamos; esta parte aqui depois da boca molha-, molha-se molhava-se no coiso E isto que vocês vêem aqui, era na altura que se está a molhar deixa Ele foi o mestre que deixou escorrer aqui um bocadinho. Aqui até estava a escorrer e o mestre limpou aqui com a mão


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