R&D Unit funded by

CRV37

Vila do Corvo, excerto 37

LocationVila do Corvo (Corvo, Horta)
SubjectErvas, arbustos e flores
Informant(s) Feliciano Florinda
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)Gabriela Vitorino João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationSandra Pereira Márcia Bolrinha
LemmatizationMárcia Bolrinha

Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.


INF1 Não, a gente o que temos agora para fazer baraços ba- o que se chama baraços é espadana.

INQ1 Ah, espadana, pois.

INF1 Espadana.

INQ2 Rhum-rhum. Olhe, e uma figueira que dava uns figos que tinham, que tinham que se descascar, tinham picos?

INF1 Ah, também nunca houve aqui.

INQ2 A figueira-do-inferno, não?

INF1 Homem, talvez! Talvez. Talvez houve. [pausa] Então e em que é que usavam isso?

INF2 O quê?

INF1 Ele fig- figueira infernal, ou não sei como é que lhe chamavam.

INF2 Não sei.

INF1 Não, eu vi! Até davam um [vocalização] umas maçanetazinhas assim ele sobre o compridinho. Compa- Comparadas com o limão, mas eram mais pequeninas. E elas botavam [vocalização] uns picos. Agora [pausa] eu não sei em que é que utilizavam isso. Isso era para para certos remédios. Não sei para que é.

INQ2 Rhum-rhum. Havia para cima, era?

INF1 Aqui em baixo. Era ele nestas terras aqui de baixo. As mulheres é que cultivavam isso, nas terras aqui em baixo, ao das paredes.

INQ1 E não sabe para que é que usavam?

INF1 Não senhora. Não sei.

INQ1 Mas usavam para alguma coisa?

INF1 Usavam. E em nossa casa nunca se usou isso. Porque não via nem a minha avó nem a minha mãe [pausa] cultivar isso. Mas havia nalgumas terras para trás, nestas terras daqui debaixo. Uma coisinha, ele ela crescia por esta altura, mais ou menos, [pausa] e dava então umas maçanetazinhas com uns picos.


Download XMLDownload textWaveform viewSentence view