INQ Antigamente… Eu sei que há uma coisa que no arado se chamava a, a cega – ou a sega?
INF A sega.
INQ É.
INF É aquele ferro que tem que lhe punham no [vocalização] … Mas isso era mais para o para os arados de pau.
INQ Pois.
INF Para os arados de pau, porque os de ferro não não precisavam disso.
INQ Rhum-rhum. Nos arados de pau! Mas havia só um arado com a sega ou era mesmo no arado que tinha a relha e isso tudo, à frente tinha uma sega… Era isso?
INF Era.
INQ Não era só…
INF A sega, só lha t- só lha punham quando era preciso.
INQ Ah! Portanto, o tamão tinha um buraco onde se punha essa…
INF O tamão tinha um buraco e depois tinha um ferro, uma espécie duma dum punhal [pausa]
INQ Rhum-rhum.
INF que enfiavam ali naquela parte. Por cima, tinha um buraco, seguravam-no ali que era para cortar certos terrenos.
INQ Pois, quando o terreno era… Ou mais duro…
INF Mais Mais duro e que tinha [vocalização], às vezes, até matos e coisas [pausa] para ajudar!
INQ É que eu não sabia é se era uma, uma espécie dum arado que só tivesse sega, não tivesse mais nada. Não?
INF Não, não.
INQ A sega era…
INF Não era o um arado.
INQ No de pau?
INF No de pau. E a sega só era posta para terrenos que eram precisos.
INQ Rhum-rhum. Não sabia.
INF Ou, por exemplo [vocalização] , que tinha muito estrume, façamos de contas.
INQ Sim senhor.
INF E depois punham-lhe a sega porque sempre cortava mais para para se cortar o terreno.