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GRC20

Covas, excerto 20

LocationCovas (Santa Cruz da Graciosa, Angra do Heroísmo)
SubjectA vinha e o vinho
Informant(s) Flórido
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INQ Ao fim de quanto tempo é que se abre o barril, depois?

INF Aquilo é conforme. À fim de Depois de o vinho estar na pipa, à fim de uns quatro dias, ou cinco, ele começa a picar. eles começam a galgar nele. [vocalização] Aquilo vai-se embora da mesma forma. E faz efeito!

INQ Pois. Olhe, e do bagaço

INF Agora para f- ficar bom, bom é [vocalização] é à fim de umas três semanas é que está puro.

INQ Rhum-rhum. E do, e do bagaço, que é, que é que fazia depois?

INF O bagaço é para deitar fora a empoçar.

INQ Ah, nunca se fazia uma bebida?

INF Agora! Mas agora fazem!

INQ Rhum-rhum. E os

INF Aquele Aquele bagaço, fulano se tem onde o conserve, aquilo é uma aguardente que é uma prenda!

INQ Mas, e o senhor como é que fazia a aguardente sem ser com o bagaço?

INF É da borra do vinho.

INQ É da?

INF Da borra. Aquilo apura no fundo das pipas, deste vinho feito no lagar. Apura às vezes a dois potes de borra e a três.

INQ E depois como é que o senhor fazia o, a aguardente?

INF Aquilo vai ao alambique.

INQ Rhum-rhum.

INF O alambique depois é que faz a aguardente.

INQ E o senhor é que fazia em casa ou tinha que? Havia alguém que?

INF Não, não tenho. Tinha que pagar a quem a fizesse, porque eu não tenho d- alambique.

INQ Não tem alambique?

INF Não, não tenho.

INQ Pois.


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