INF Outra: vamos arrear aí sobreiros. Pertence seis homens dar madeira para para, por exemplo, vinte cinco ou trinta homens casquear. Quer dizer, é tirar tiram a bóia daqueles dos paus que cortam, d– dos sobreiros.
INQ Rhum-rhum.
INF Aproveitam a bóia para uma banda e tiram a casca. Com umas enxozinhas depois tira-se a casca, fica a secar e tudo, para depois vender para para as fábricas, e a bóia, para vender para a fábrica e tudo. E isso tudo. E a gente, andam seis homens a arrear – [pausa] chama-lhe a gente arrear – adiante, a cortar madeira. A gente temos que dar madeira para aqueles homens. A gente temos que limpar os chaparros pequenos que vão à nossa que não têm madeira. Mas é de justo, temos que limpar. Ora, o que é que a gente faz? Tudo na malandrice!! ! O que é que a gente faz? Um empregado, anda lá o n- o nosso capataz, anda atrás, mas os homens andam à f- à frente, à vontade, porque sabem que têm que dar madeira para aquela gente. Mas o, o o dono da propriedade põe lá um homem [pausa] a tomar sentido no sobreiro para não o deixar cortar mais que o ajusto que fizeram do corte dos sobreiros.
INQ Rhum-rhum.
INF Um pouco mais ou menos, aquela conta. Mas a gente andamos levamos ali uma encosta [pausa] de sobreiros por ali fora, os homens cada um com o seu sobreiro, não não é dois. [vocalização] Acolá em baixo, o meu camarada tem acolá uma chaparra boa. Chama-lhe a gente uma chaparra, uma sobreira, e tudo. Tem ali umas rebaixadas boas, tem ali madeira boa e tudo. Mas é claro, o homem que lá anda não deixa cortar lá por onde a gente quer para tirar muita madeira. O que é que aquele que está acolá em cima faz? "Ó senhor fulano"… Está lá um chaparro, a gente vê que não tem governo, não tem que fazer negócio nenhuma… "Ó senhor fulano". "Diga". "Venha cá aqui ver". "Eh pá! Está aqui este sobreiro, este ramo assim, está acolá aquele ramo, eu para tirar aquilo e tal… Ahh! Não sei o que é que lhe hei-de fazer. Está ruim de tirar"! O outro lá em baixo, tumba, tumba, tumba, tumba, abre as pernas, com a machada: tumba, tumba, tumba, um talho por baixo nas pernadas, naquela rebaixada. Vai àquela : tumba, tumba, tumba!, ela cai para baixo; vai ao meio, deu-lhe um golpe: truz!, de encontro àquilo, cai para baixo. O homem vê cair tanta madeira para o chão, vem por ali abaixo: "Eh calma! Mas que está você a fazer, homem? Eia pá, você… Ai, o patrão vem para cima de mim, então você [pausa] entra para aí à à limpeza do chaparro"… "Mas o que você quer, homem? Não tinha nada por onde pegar"! Ele já tinha pregado com ela no chão. Havia, o Por onde ela havia de ser cortada – sim, por onde havia de ficar limpa –, [vocalização] era a primeira coisa que caía para o chão cortado rente logo de caminho ao caminho, para ele não ver. "Então não tinha nada. Então ficava aqui um pau cego?! [pausa] Não tinha nada, tinha que se deitar para o chão"! É claro, aquele aquela quantidade de madeira segurava aos homens lá atrás e a gente levava boa vida lá à frente. É. Vê como é as malandrices feitas?! É assim.
INQ Pois.
INF Ao resto, davam cem mil reizitos à gente, olhe, e ficávamos contentes.
INQ E ficavam contentes.