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PAL11

Porches, excerto 11

LocalidadePorches (Lagoa, Faro)
AssuntoA agricultura
Informante(s) Abelino

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INF Não quem semeie; [pausa] não quem fazer [pausa] esse serviço [pausa] porque [pausa] o [vocalização] [pausa] ele está tudo muito caro [pausa] e não quem faça. Mesmo pagando o dinheiro, [pausa] não quem queira ir fazer, [pausa] porque querem trabalhar nas nas coisas, [pausa] nas obras, [pausa] na construção. [vocalização] Trabalham mais do que trabalhavam no campo. [pausa] Mas consideram eles [pausa] o trabalho nas obras. Consideram aquilo um emprego d- de estado.

INQ Mais importante.

INF E de maneira [pausa] Nem para eles, eles semeiam. [pausa] Nem para eles! Onde é que eles mesmo trabalhandem trabalhando, em ganhando o dinheiro, podiam semear alguma coisinha para eles. Enquanto comiam daquilo que eles recolhiam, [pausa] estavam a gozar daquilo. Mas não: "Eu, tenho muito dinheiro. Ah! Vou-me à praça com-, f- e é mais barato do que andar trabalhando e coiso e tal". E não querem. ninguém quer trabalhar. De maneira que os os campos estão todos abandonados. Ninguém [vocalização] faz nada.


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