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PAL32

Alte, excerto 32

LocalidadeAlte (Loulé, Faro)
AssuntoO sobreiro e a cortiça
Informante(s) Acidino Acilino

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INQ Olhe, uma terra toda plantada de sobreiros, é um quê?

INF1 É uma propriedade de sobreiras.

INF2 Uma terra de sobro.

INF1 Uma propriedade de sobreiras. É uma propriedade de sobreiras.

INF2 De sobro.

INQ Sim senhor. Olhe, aqui, aqui muitas terras assim de?

INF1 Ai, aqui algumas, sim.

INQ Sim senhor. O fruto da, do

INF1 A lande.

INQ E várias vezes por ano ou não?

INF1 Não, uma vez .

INQ uma vez?

INF1 Sim.

INQ E chamam lande na mesma, é essa vez que que lhe chamam landes?

INF1 É landes.

INQ Sim senhor.

INF2 Então e quando ela é posta de sobro com licença com licença, desculpe a impressão quando é posta de sobro, leva um uns quantos anos sem dar fruto de parte alguma.

INF1 Pois, enquanto, enquanto são enquanto são sobreiros não dão nada. Enquanto é sobreiros, não pode dar nada.

INF2

INQ Pois.

INF2 Depois de ser tirada [pausa] a virgem cortiça, é ir para o manso, segue dali, começa começar a dar, a dar. Que isso é uma coisa que não [vocalização] fruto mas é ao fim de a gente se ter gasto é uma grande quantidade de anos.

INQ Pois. Olhe

INF2 Isso não é para ir avançar caminho.

INQ Pois.

INF2 Agora, os nossos netos e trinetos.

INF1 Não. Eu tenho sobreiras, [pausa] que nasceram em meu tempo e eu tirei cortiça delas. Cortiça virgem tirei.

INF2 A cortiça enquanto está virgem A cortiça enquanto está virgem não lucro nenhum.

INQ tirou a cortiça virgem?

INF1 Pois, está claro. Que ela quando tendo de setenta centímetros de grosso, se pode tirar a cortiça virgem.


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