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Cabeço de Vide, excerto 7

LocalidadeCabeço de Vide (Fronteira, Portalegre)
AssuntoA agricultura
Informante(s) André

Text: -


[1]
INF [vocalização] Eu quando estava a fazer assim [vocalização]:
[2]
"Anda a roçar mato".
[3]
", vais além roçar mato vais al-".
[4]
Ou:
[5]
"Vais além roçar as as silvas".
[6]
[vocalização] É caso
[7]
A coisa é assim.
[8]
Para se explicar [vocalização] limp- na limpeza à terra do alqueive é, por exemplos:
[9]
se os sargaços são pequenos, a lavoura volta-os. [pausa] e eles [pausa] fazem até estrume.
[10]
Mas se eles são grandes, não.
[11]
[pausa] Porque, às vezes, obra assim desta altura.
[12]
E então, o arado vai para , nem que seja um tractor,
[13]
não é capaz de
[14]
Enche
[15]
e depois começa a andar a arrojo.
[16]
INF É como aquelas máquinas que com uma frese, [pausa] de fabricar a terra.
[17]
Se a terra estiver muito suja, aquilo chega a pontos parece um cilindro.
[18]
Enche
[19]
e não faz nada.
[20]
Anda a passar por cima da terra.
[21]
Olhe, nessas coisas eu trabalhei com elas todas.
[22]
INF [vocalização] Isso torna-se uma mata.
[23]
Torna-se uma mata
[24]
porque é uma coisa sem dono.
[25]
É [vocalização] É o hábito da fala.
[26]
É.
[27]
É:
[28]
"Não tem dono, olha.
[29]
Isto Isto não tem dono.
[30]
Não vês como está?
[31]
Está Está aqui formado uma mata".
[32]
INF Bem [pausa] isso dantes chamava-se uma arroteia.
[33]
INF Uma arroteia.
[34]
Arrotear.
[35]
Era arrotear aquilo.
[36]
INF [vocalização] Mas hoje
[37]
INF Pelo antigo era arrotear.
[38]
INF Fiz também isso muita vez.
[39]
Mas muita vez.

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