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Ribeira Seca, excerto 25

LocationRibeira Seca (Calheta, Angra do Heroísmo)
SubjectA agricultura
Informant(s) Heraclides
SurveyALEPG
Survey year1995
Interviewer(s)Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Agora isto é uns poucos duma coisa, outros poucos doutra
[2]
Eu [vocalização] tenho gado à à corda o ano inteiro.
[3]
INF A primeira coisa de manhã, [vocalização] o primeiro trabalho que faço é ir mudá-las.
[4]
E, depois, logo que não tenho trabalho para fazer no lugar onde elas estão, eu venho para casa outra vez,
[5]
eu como alguma coisa
[6]
e vou para os lugares assim que têm mais falta de fazer alguma coisa.
[7]
Quando é no tempo de começar a semear batatas e ervilhas, assim no princípio do ano, eu vou para as terras logo que está bom tempo para ir escolher ervas, preparar a terra e ir semeando alguma coisa.
[8]
Gosto de semear quase sempre é quando é vazante de lua.
[9]
[pausa] E [vocalização] [pausa] E depois [vocalização] semeio um bocadinho naquela altura,
[10]
e dali a [pausa] a uns tempos semeio mais outra remessazinha,
[11]
vou andando assim.
[12]
Semeio ervilhas.
[13]
Quando chega o tempo, que elas é preciso eu fincar-lhe lenha,
[14]
para elas se atreparem, eu trago lenha, e aguço-a,
[15]
e finco-a para as para as ervilhas se irem atrepando.
[16]
E [vocalização] depois mais tarde quando as batatas nascem que estão a [vocalização] modo de sachar, [pausa] eu sacho-as.
[17]
Depois começo a dar-lhe sulfato.
[18]
[pausa] Se o tempo vai húmido, dá-se sulfato mais [vocalização] mais vezes, num intervalo mais pequeno;
[19]
se vai [vocalização] se vai mais seco, pode ser um intervalo maior.
[20]
Vai-se andando a até o o ponto onde deixar de sulfatar.

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