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Covo, excerto 28

LocalidadeCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Arquibaldo Bigail

Text: -

[1]
INF1 E eu lembra-me a, a es- a estrada só vir até Vale de Cambra.
[2]
INF1 E de Vale de Cambra para cima não havia estrada.
[3]
Era tudo caminho, tudo caminho.
[4]
E quando abriram a estrada de de Vale de Cambra a Santa Cruz, eu fui comprar umas botas a mais o meu pai.
[5]
Fui lá comprar umas botas
[6]
e o padre Assur de Tondela – ele não é do teu tempo?
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INF2 Não, não.
[8]
INF1 O de Tondela chegou ali…
[9]
Chegou e disse para o meu pai –
[10]
falava assim –: "Ó Astrigildo, vamos embora"?
[11]
E o meu pai: "Vamos.
[12]
O senhor abade"…
[13]
O meu pai: "O senhor abade, então não pode ir de carro até Santa Cruz"?
[14]
"Não, Astrigildo,
[15]
não vou.
[16]
O melhor caminho ia pagar
[17]
e o mais mau caminho então ia a pé?!
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Então, olha, o dinheiro que…
[19]
Vou por aí fora.
[20]
Vamos mais mais tu na conversa
[21]
e vamos embora".
[22]
E veio mais nós até Santa – até Santa Cruz, até Paçô!
[23]
Tu sabes bem que ele em Paçô eles viram para aquele lado e a gente encaminhava logo para este lado.
[24]
INF2 Sei.
[25]
É!
[26]
INF1 Chegamos a Paçô
[27]
e ele foi lá para o outro lado
[28]
e nós viemos para cá.

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