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Vila do Corvo, excerto 52
Text: -
INF2 Sempre aqui e ali, sempre cai alguma arriba.
INF1 Ele também caem nas terras!
INF2 Eu, num ano, perdi quatro [pausa] reses, no baldio.
e o último foi um bezerro na-, na- nascido.
Agora as outras quatro eram gueixas.
[pausa] Eram umas du- três gueixas de um ano [pausa] e uma de dois.
Estava criando um bezerrinho
e caiu para uma buraca abaixo.
Olha, levei um dia mais este para tapar a buraca, acolá numa ribeira, no Trevo.
Estivemos ele um dia lá para tapar a buraca que ela caiu.
mas quem tivesse dado com ela a caminho, talvez a tinha resgatado.
Mas naqueles dias esteve muita névoa
[pausa] e a [vocalização] e o Nuno é que me disse: "Homem, a bezerra está está sem mãe".
Quando fui por ela já estava [pausa] já estava podre.
E a- E as outras, [vocalização] uma foi lá adiante na ribeira do Rolão, [pausa] com o mau tempo, aquilo por força que foi o vento.
E homem, e eu estive no domingo para a dir buscar!
Digo: "Deixa-ma dir buscar que ele lá para diante é perigoso".
Na segunda de manhã ela estava morta ao pé do bardo.
Veio de rolo pelo baldio abaixo e [vocalização] .
E as outras duas, não sei o, a o fim delas.
Caíram pela rocha abaixo,
Em oito anos perdi onze reses.
INF1 Não, eu tenho perdido pouco gado, [pausa] pouco gado.
INF1 Perdi uma no Inverno que passou.
Aquilo foi dor que lhe deu porque ela deitou-se num lugar bem bom e ele ficou.
[pausa] Se fosse dizer que ela que ia…
Ela estava num lugar bom para estar.
Está aqui uma [vocalização] este rochedo daqui,
INF1 Sim, que vai ter às Pingas.
INF1 Não, eu tenho perdido pouco gado.
INF2 Ah, eu tenho perdido o m- o meu quinhão.
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