Representação em frases

Assanhas (Figueiró da Serra), excerto 9

LocalidadeAssanhas (Celorico da Beira, Guarda)
AssuntoErvas, arbustos e flores
Informante(s) Arnaldina Balbina

Texto: -


[1]
INF1 O alecrim também é bom para chá.
[2]
INF1 Põe [vocalização]
[3]
O alecrim [vocalização], fazem-se defumadoiros quando está trovoada.
[4]
Mas levamos
[5]
Dia de Ramos, levávamos à igreja, [pausa] loureiro e alecrim.
[6]
E depois temos para todo o ano as cruzes!
[7]
Ainda tenho as cruzes
[8]
INF1 Olhe, ainda aqui tenho as cruzes.
[9]
A cruzinha [pausa] não sei onde é que eu a pus.
[10]
[pausa] Olhe, olhe Olhe, tem até aqui a [vocalização] fazer uma [vocalização] cruzinha de de loureiro [pausa] e de oliveira e de alecrim.
[11]
E depois pomos dia de
[12]
Dia três de Maio, pomos asquelas cruzinhas nas casas, que depois diz que faz bem às trovoadas.
[13]
Quando está a trovejar muito, nós fazemos e pomos isto nas brasas.
[14]
INF1 A fazer fumo que faz bem aos, ao aos relâmpagos e às trovoadas.
[15]
INF1 Pomos no dia três de Maio
[16]
INF1 é que pomos nas casas.
[17]
INF1 Dia de trez- [vocalização] Dia três de Maio
[18]
INF1 chamavam o chamavam-no dia de Santa Cruz.
[19]
INF1 No dia três de Maio, chamamos nós o dia de Santa Cruz.
[20]
INF1 E depois era o dia que púnhamos as cruzinhas na
[21]
Até as íamos pôr às searas do pão e tudo!
[22]
INF1 Pois, pois.
[23]
[vocalização] O loureiro e a oliveira e o alecrim.
[24]
INF1 Levávamos isso tudo, [pausa] dia de Ramos, no domingo de Ramos, à igreja.
[25]
Íamos à missa.
[26]
Levávamos asqueles molhinhos e ainda agora levam
[27]
e depois trazemos
[28]
e e temos então em casa
[29]
Quando as trovoadas [verbo] assim que está muito a trovejar aquelas trovoadas muito fortes , irmos imos fazer um defumadoirinho, na cozinha, na lareira.
[30]
Com aquele fumo, diz que arrama a trovoada.
[31]
[pausa] Era assim.
[32]
INF2 Toda a vida assim fazíamos.

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