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Granjal, excerto 62

LocalidadeGranjal (Sernancelhe, Viseu)
AssuntoO porco e a matança
Informante(s) Emanuel Ercília

Text: -


[1]
INF1 É queimado com palha.
[2]
INF2 Olhe, a [vocalização], a [vocalização] vem o matador,
[3]
mete-lhe uma corda na na focinha
[4]
e amarra-o.
[5]
E depois os homens ajudam-no
[6]
INF1 têm um banco.
[7]
INF2 Têm um banco grande
[8]
e os homens ajudam-no a pôr em cima do banco.
[9]
E depois o matador rapa com a faca e água quente donde há-de meter a faca tudo com muita limpezinha! ,
[10]
depois mete-lhe a faca mesmo com a mesma faca.
[11]
INF1 Sangra.
[12]
INF2 A gente apanha o sangue num alguidar.
[13]
Se quer coalhar, para cozer, apanha para um alguidarzinho.
[14]
Põe-se-lhe um bocadinho de sal
[15]
e apanha para aquele alguidarzinho.
[16]
E o que é para se mexer, para se fazer o outro o fumeiro, mexe-se todo até que fica mesmo [pausa] desfeito, todo desfeitinho.
[17]
INF1 Porque aquele não não coalha.
[18]
INF2 Que é para não coalhar.
[19]
Que a, a É isso.
[20]
É a primeira assadura que o porco é é o sangue.
[21]
INF2 E depois, [vocalização] pa- com palha, queimam todo muito queimadinho, muito queimado.
[22]
Com umas navalhas, rapam-no todo muito rapado e com umas pedras,
[23]
esfregam tudo.
[24]
Fica alvinho de neve.
[25]
Fica sem um pelinho.
[26]
Quando são bem arranjadinhos, aquilo é uma beleza!
[27]
INF2 É com umas pedras.
[28]
INF1 Com umas pedrinhas.
[29]
INF2 Esfregam aquele coiro bem esfregado.
[30]
E com as navalhas rapam os pelos todos.
[31]
Cortam os cabelos todos.
[32]
Depois vai é pendurado [vocalização] chamamos nós um chambaril, um pau ,
[33]
é pendurado naquele pau até ao outro dia.
[34]
INF1 É isso mesmo.
[35]
INF2 É isso mesmo, minha senhora.
[36]
INF1 É isso que está o chambaril.
[37]
Tal e qual.
[38]
INF2 E E então é depois é que é desfeito depois de estar escorrido, de estar enxutinha a carne
[39]
é desfeito.
[40]
INF1 Depois vai para a salgadeira.

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