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Lavre, excerto 2
Text: -
INF [vocalização] Não é o nome das sobreiras,
é o nome dos terrenos, dos sítios.
[vocalização] É que mas é [vocalização] as herdades têm vários pontos e vários nomes.
há o vale, há o [vocalização], há o há o Vale [pausa] da Asseiceira…
[vocalização] Enfim, muitos, muitos, muitos!
Do género do Cabeço; o Cabeço do Pombo; o Cabeço do Jardim; o Cabeço…
É coisas que a gente [pausa]
Há o Medronhal, o Cabeço do Medronhal.
Há um medronhalzinho, guardado ainda do tempo dos senhores Arcanjos.
No tempo dos senhores Arcanjos, guardaram aquilo lá.
Aquilo ele era ele era tudo mato antigamente,
e deixaram aquele bocadinho ali.
Ainda hoje se lá se conserva aquele bocadinho no meio dos barros – barros, isto é, de sementeiras, terras de sementeiras.
Lá está aquele quadradinho;
Só medronheiros dentro daquilo.
E deita lá medronho, o medronho, ou os medronhos.
INF Esgalhar era cortar [pausa] a lenha [pausa] para renovar o sobreiro.
Porque o sobreiro se não for tratado – [pausa] como tudo, como tudo na vida –, se não for tratado, chegam a pontos, phhh, começam-se a perder.
Estão-se a secar muitos, muitos, muitos.
E muitos des-, dessas secas que por aí há, muitos dizem: "Ah! É moléstia".
Mas a moléstia é derivado [vocalização]…
Não é como eles faziam antigamente.
Hoje, o tempo Os lavradores aqui, na nossa área e nas outras áreas, tinham gados,
tinham [vocalização] b- bois e [vocalização] parelhas
e era tudo lavrado todos os anos…
De anos a anos, era lavrado e semeado!
E por cima de, por exemplos, quinze, dez a quinze, a dezasseis anos, ou de vinte em vinte anos, passava uma folha de esgalha,
A árvore [pausa] rebentava de novo,
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