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Lavre, excerto 4
Text: -
Era carregada Era carregada com tra- com carros de antigamente,
e hoje como é e agora já é com tractores,
e depois andam lá uns homens a empilhar,
fazem uma pilha, que é para depois ser pesada – que hoje já não é pesada; hoje já vendem tudo é a o- é assim a olho…
[vocalização] Eles sabem, mais ou menos, que um metro quadrado de pilha tan- tem tantos arrobas de cortiça.
E então fazem aquilo já assim.
Tanto, lá há as suas Lá há as suas coisas entre eles porque porque quem compra acha que que tem menos arrobas de cortiça e quem vende acha também que tem mais qualquer coisa.
Há sempre aquelas [vocalização] coisas.
INF E antigamente não era assim.
Antigamente chegava-se ali,
lançava-se o peso da cortiça,
iam para lá uns homens – uma porção de homens – pesar com três ou quatro balanças,
e o que ela dava é que eles vendiam.
Hoje já não há esta coisa de peso.
Que eram carregados em fardos para as fábricas.
Que hoje também já não se carrega.
Hoje já também já é tudo em camionetes.
E dantes havia uns era uns fardos, que vinham dentro duns uns carros de parelhas – que havia aqui na nossa região –, carregados para Vendas Novas para a estação de caminho-de-ferro
e dali saíam para as para as estações, para a, para as para as fábricas.
INF E era assim que se governava a gente.
E era assim que se a gente vivia!
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