Representação em frases
Montalvo, excerto 14
Texto: -
INF1 A minha mulher – Nosso Senhor a tenha lá em descanso – já se foi embora, coitada.
Não, não Não esperou por mim.
Que Porque eu não me dou mal aqui!
mas já tenho muitos dias.
Já tenho muitos, já Já é dias a mais.
Já podia dar os meus dias a a outro, que estou velho!
[vocalização] Foi Foi lá criada nessa casa [pausa] desses patrões que lá estavam.
INF1 Mas o alemão é que comprou.
Há Há uma outra quinta do lado de baixo, que era da senhora dona Hersília, que era, era era uma irmã daquele que vendeu aquilo, que era o doutor Heitor.
Que o tal doutor Heitor era o doutor de mal de peles.
E é onde esta miúda, o pai veio para lá para para feitor, esta rapa- miúda que está aqui, para lá.
INF1 E eu fui lá cinco anos fazer o vinho.
[pausa] Fui lá fazer o vinho, para para coiso.
Porque o vinho lá [pausa] dele [vocalização] que é [vocalização]…
Aqui em cima tem um depósito aonde.
Não sei se lá foram para dentro.
INF1 Se entrarem ao portão para dentro…
INF1 Se entrarem ao portão para dentro, há,
Bom, aquilo agora é capaz de estar modificado.
A gente entrava ao portão para dentro,
havia dali umas pocilgas, umas coisas, de galinhas, e essa coisa toda que governava.
E havia depois, mais adiante,
havia uns degraus a descer para baixo,
e desses degraus até lá acima ao tanque – chamava-lhe a gente o tanque regal de regar.
É um tan- Há-de lá estar.
Ele Ainda ele há-de estar que eles não não o esbandalharam.
INF1 Chamam-lhe o tanque regal de regar, que tem uma mina,
Uma mina que há lá acolá para cima para o pinhal, tudo, vem para esse tanque.
[vocalização] Tem uns degraus ao lado.
Chama-lhe a gente o tanque regal de regar.
E E até esse tanque, desde esse degrau assim para baixo, esse tanque, havia ali uns buxos,
INF1 Não sei se ainda lá estão, se não estão.
INF1 Se lá forem deitar a cabeça, vêem.
Havia uns buxos que fazia assim um arco.
INF1 Quando a gente saía aí…
[pausa] Isso era para cima.
Quando ia para baixo, há um outro tanque mais em baixo, também porque regava depois uma uma parte que havia do lado de baixo, que é que era já depois para a outra irmã, que era a senhora dona Hersília, que é que é da outra quinta [pausa] que está daquele lado, do lado de baixo.
INF1 Esse prédio já foi feito já…
Não foi já pelos av- pelos pais dela,
foi por ela é que foi feito.
De maneira que há esse tanque aí.
Até lá tem canas-da-Índia!
Não sei se ainda lá estará, se não.
INF1 Eu corria aquilo tudo ali!
Eu sabia mais do que vocês vêem.
INF1 O senhor doutor Heitor…
INF1 O senhor doutor Heitor quando era vivo – ele era do mal de peles.
Ele estava casado com uma senhora que [vocalização]…
Então, vocês também não conheceram um médico que havia lá, em Lisboa, que era o doutor Helámio.
Era um Era cirurgião, o tipo, até!
Era Era professor do dos médicos [vocalização], ele.
Era o senhor doutor Helámio.
ela talvez fosse do seu corpo, assim pequenina!
INF1 Que era Que era a senhora dona Hortênsiazinha.
Era, era Era mulher dele.
E veio E veio uma senhora da Suíça para cá tratar-se da garganta com ele.
INF1 Quer dizer, pois, as senhoras desculpem.
o que é a gente tem que tem que ser português.
INF1 Temos que ser português.
[vocalização] Engraçou com com ele e ela engraçou com e ele engraçou com ela.
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