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Montalvo, excerto 47

LocationMontalvo (Constância, Santarém)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Guilherme
SurveyALEPG
Survey year1991
Interviewer(s)Ana Paula Banza
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Aquele dono
[2]
Não se esqueça.
[3]
INF Aquele dono que era da propriedade onde as meninas ficam, tudo
[4]
INF Ele [vocalização] era doutor de mal de peles.
[5]
E apanhava a fruta ou mandava apanhar.
[6]
Tinha muita fruta.
[7]
Aquilo era u- uma quinta que aquilo era ali um algarve!
[8]
Aquilo nem nem queira imaginar!
[9]
Aquilo Aquilo era tudo quanto era rico!
[10]
fora, não está uma correnteza de casas com uma varanda de baixo?
[11]
INF Era a casa dos criados!
[12]
Tinha tudo quanto era preciso!
[13]
Isso era a casa dos criados.
[14]
em baixo, a eira,
[15]
uma casa ao lado que é a casa da eira,
[16]
um barracão daquele lado dali
[17]
esse era do gado;
[18]
é os tais barracões que usavam dantes para o gado em ficar, que nós acabámos de falar .
[19]
INF E ele dizia muita vez que nós que não sabíamos comer fruta, que a gente nunca devia de debulhar a fruta.
[20]
Tirar aquele veio de dentro, limpar tudo, que é isso que é que faz mal.
[21]
Que propriamente a casca, apanhava-se, e ti- limpava-se o podre, ou limpava-se toda por dentro e comia com a casca.
[22]
Cortava-se aos bocadinhos
[23]
e comia.
[24]
Que a casca que ajuda a fazer a digestão,
[25]
dizia ele muita vez
[26]
E ele E ele nunca queria nem!
[27]
Para as criadas era a mesma coisa:
[28]
nunca queria que, que que descascassem a fruta.

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