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Porches, excerto 3

LocalidadePorches (Lagoa, Faro)
AssuntoErvas, arbustos e flores
Informante(s) Abelino

Text: -


[1]
INF Por acaso tenho [pausa] um filho ali em Alcantarilha
[2]
e que está uma horta que era da mulher, é claro.
[3]
E quando ele casou, [vocalização] foi [vocalização] eu [pausa] ia para e tratava daquilo.
[4]
Mandei [pausa] charruar [pausa] um tractor [pausa] dois canteiros de terra mais compridos do que isto, é claro e mais largos [vocalização] que nunca era semeado de regadio, [pausa] era de sequeiro.
[5]
[vocalização] E de maneira que [pausa] semeei uns nabos [pausa] e um [vocalização] e uns rabanetes [pausa] e [vocalização] e outras coisas mais principalmente;
[6]
[vocalização] não vale a pena estar a citar muita coisa.
[7]
Semeei uns umas leiras de s- de rabanetes.
[8]
[pausa] Precisamente, [vocalização] a estrema como o sol faz [vocalização] de sombra, assim [pausa] era, suponhamos, a leira do sequeiro [pausa] com [vocalização] a parte da das leiras que fiz [pausa] no regadio.
[9]
E então, os rabanetes nasceram.
[10]
Mas [pausa] não tinha [pausa] aonde é que se pusesse uma agulha que não picasse numa tal erva dessas que [vocalização] que eu digo que nasceu.
[11]
Porque é que nasceu aqui, na leira, e na, e da e de fora da leira para além, a terra é limpa como tem estado sempre, tantos anos?
[12]
Mas como foi que nasceu?
[13]
[vocalização] De aonde é que veio aquela erva, [pausa] a semente daquela erva, para nascer ali [pausa] na na parte da leira?
[14]
Mas como?
[15]
Mas [vocalização] como é que veio isso?

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