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Perafita, excerto 29

LocalidadePerafita (Alijó, Vila Real)
AssuntoA vida humana
Informante(s) Agar

Text: -


[1]
INF Olhe, [pausa] tive uma neta, [pausa] da minha filha [pausa] tem os uns filhos ; eles estão, estão andam para aí ,
[2]
e teve uma pequenina, que tinha dois aninhos, ou mais, e ainda não andava nada.
[3]
E havia de ser assim.
[4]
Diz que era assim, que não havia de crescer.
[5]
Que havia de ficar Tinha [vocalização] essa corcundinha na espinha,
[6]
pequenina de dois aninhos, e tinha assim [pausa] aqui o papo.
[7]
Dizi- Olhe, prometi uma missinha às almas se Nosso Senhor ma levasse.
[8]
E fui tão ouvida que ela morreu.
[9]
Fui eu quem lhe paguei-lhe o caixão
[10]
e fui quem paguei ao padre para a enterrar.
[11]
E rezei a missa por as alminhas.
[12]
INF Porque era era, era um [vocalização] [pausa] uma paixão ver depois assim uma menina, toda a vida, marrequinha que chamam-lhe marrecos, não é?
[13]
E assim aleijadinhos.
[14]
Era uma tristeza, não era?
[15]
Então aconteceu-me a mim.
[16]
Aconteceu, aconteceu.

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