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Bandeiras, excerto 20

LocalidadeBandeiras (Madalena, Horta)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Balbino Carmélia

Text: -

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[1]
E ele pega a falar com a mulher, que botasse o irmão cá para fora, que ele sabia que ela tinha lá o irmão.
[2]
E ela disse que não tinha o irmão.
[3]
Tanto foi porque ela viu-se apertada
[4]
e disse-lhe que o, que ia busc- que ia buscar o irmão.
[5]
[pausa] A velha abre o alçapão – ele manda parar os leães –,
[6]
a velha abre o alçapão,
[7]
o irmão lá estava em baixo, quase morto, muito sequinho!
[8]
Já quase morto
[9]
e e muita gente muita gente morta em baixo.
[10]
Ele disse: "Tu vais pôr esta gente toda viva;
[11]
se não puseres esta gente toda viva e o meu irmão conforme era, eu vou-te matar"!
[12]
A velha vai,
[13]
pediu-lhe que ele não a matasse.
[14]
Foi abaixo,
[15]
juntou estes ossos todos e aqueles corpos todos lá em baixo.
[16]
O irmão muito sequinho, amarelo, já para morrer, mesmo já quase morto, a velha lá esteve-o embanhando,
[17]
não sei como é que foi,
[18]
e lá soprou por ele com um assobio,
[19]
e o irmão ficou, pá, resoluto, e aqueles que estavam todos mortos,
[20]
ela depois ajuntou os ossos…
[21]
Era o demónio.
[22]
INF2 Nem religiosa era.
[23]
INF1 Ficou logo ali.
[24]
Ora bem, ele armou-se,
[25]
a velha pelo buraco abaixo,
[26]
e armou-se com o seu com o cavalo do irmão,
[27]
vestiu o cavalo, e de volta a casa do rei.
[28]
Quando chegou a casa do rei, a mulher vai
[29]
e quando vê [pausa] os dois homens, não sabia qual era o seu marido.
[30]
[pausa] Mas conheceu pela frente do dente o último que tinha estado…
[31]
Como é que ela marcou também o último?
[32]
Tinha sido aquele que tinha ido salvar o irmão.
[33]
E vai
[34]
ele pega a contar: que ele tinha ficado mais ela, mas tinha posto a espada no meio da cama, de maneira que ele tinha conhecido que era a sua cunhada, e que andava à procura do irmão, e que tinha ido perguntar o caso,
[35]
e vai
[36]
aí é que veio a descobrir que o irmão estava nesta torre.
[37]
O irmão leva a sua esp- a sua espada, pumba!
[38]
E corta o pescoço ao irmão.
[39]
INF2 Ora esta!
[40]
INF1 Cortou-lhe o pescoço ao irmão.
[41]
E vai…
[42]
Mas ele tinha o assobio da velha e a gordura da velha, que a velha tinha botado os outros vivos.
[43]
Corta o pescoço,
[44]
o rei vai,
[45]
manda logo prender o o que era marido da mulher, que era para mandar matar.
[46]
Ela disse que não se mandava, que tinham a gordura, que era da velha, e tinham ele o o assoprador, que era da velha,
[47]
punham-no vivo.
[48]
Toca ali de ligar o pescocinho ao homem,
[49]
toca a oleá-lo todo,
[50]
assoprou o homenzinho
[51]
mas o homem não ficou vivo.
[52]
Lá ficou então o outro em casa do rei,
[53]
e o rei pôs o outro rico e os pais todos ricos.
[54]
Estão além Estavam nas suas casas vivendo,
[55]
no outro dia passei lá,
[56]
estavam bem bonitos!

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