Representação em frases

Santo André, excerto 12

LocalidadeSanto André (Montalegre, Vila Real)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Gotardo

Texto: -


[1]
INF Vinha um senhor de Lisboa para aqui
[2]
e vinha todos os anos passar férias.
[3]
Mas é com verdade!
[4]
INF Que lha conto como
[5]
[pausa] Férias de Lisboa, aqui, n- neste tempo!
[6]
E um domingo toca o sino.
[7]
, por exemplo, , toca de bombo para ir à missa, quem quer ir.
[8]
O senhor se quer ir, vai
[9]
e se não quer ir, ficou.
[10]
E o homenzito, coitadito, até era manquito ele na minha casa não bebeu ,
[11]
e aprontou-se num instantinho para ir à missa.
[12]
Ora, não casas de de esgoto.
[13]
Não casas de nada disso.
[14]
É uns para aqui, outros para ali, para onde se escapam, ao esconderijo.
[15]
E o homenzinho deu-lhe vontade
[16]
é assim mesmo,
[17]
pois a todos de ir dar de corpo,
[18]
e vai num instante ao da igreja,
[19]
escapa-se ali a um [vocalização] a um sítio esconderijo.
[20]
E , depois, [pausa] foi limpar no para lhe pedir licença ,
[21]
vai limpar o rabito
[22]
e enrodilha as suas urtigas.
[23]
Nós lhe chamamos urtigas.
[24]
Enrodilhou-as
[25]
O homem era manco,
[26]
fugiu,
[27]
ele fugiu, que:
[28]
"Ai Jesus"!
[29]
"Ai, que ervas aqui "!
[30]
INF "Que ervas aqui "!
[31]
"Que ervas aqui "!
[32]
se vai lavar,
[33]
faz ferver a água,
[34]
faz tudo
[35]
INF Olhe, chama-se-lhe as urtigas.
[36]
INF É?
[37]
Então olhe, bote-me aqui outra pinga,
[38]
mas olhe que não lhe ensino mais nenhuma.
[39]
que não vocês não me ensinam a mim

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