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Santo André, excerto 12

LocationSanto André (Montalegre, Vila Real)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Gotardo
SurveyALEPG
Survey year1984
Interviewer(s)João Saramago Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Vinha um senhor de Lisboa para aqui
[2]
e vinha todos os anos passar férias.
[3]
Mas é com verdade!
[4]
INF Que lha conto como
[5]
[pausa] Férias de Lisboa, aqui, n- neste tempo!
[6]
E um domingo toca o sino.
[7]
, por exemplo, , toca de bombo para ir à missa, quem quer ir.
[8]
O senhor se quer ir, vai
[9]
e se não quer ir, ficou.
[10]
E o homenzito, coitadito, até era manquito ele na minha casa não bebeu ,
[11]
e aprontou-se num instantinho para ir à missa.
[12]
Ora, não casas de de esgoto.
[13]
Não casas de nada disso.
[14]
É uns para aqui, outros para ali, para onde se escapam, ao esconderijo.
[15]
E o homenzinho deu-lhe vontade
[16]
é assim mesmo,
[17]
pois a todos de ir dar de corpo,
[18]
e vai num instante ao da igreja,
[19]
escapa-se ali a um [vocalização] a um sítio esconderijo.
[20]
E , depois, [pausa] foi limpar no para lhe pedir licença ,
[21]
vai limpar o rabito
[22]
e enrodilha as suas urtigas.
[23]
Nós lhe chamamos urtigas.
[24]
Enrodilhou-as
[25]
O homem era manco,
[26]
fugiu,
[27]
ele fugiu, que:
[28]
"Ai Jesus"!
[29]
"Ai, que ervas aqui "!
[30]
INF "Que ervas aqui "!
[31]
"Que ervas aqui "!
[32]
se vai lavar,
[33]
faz ferver a água,
[34]
faz tudo
[35]
INF Olhe, chama-se-lhe as urtigas.
[36]
INF É?
[37]
Então olhe, bote-me aqui outra pinga,
[38]
mas olhe que não lhe ensino mais nenhuma.
[39]
que não vocês não me ensinam a mim

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