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Santo Espírito, excerto 15

LocalidadeSanto Espírito (Vila do Porto, Ponta Delgada)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Isménia Jorge

Text: -


[1]
INF1 Era um homem que faziam troça dele, do meu padrinho.
[2]
Troça não,
[3]
gostavam de o ouvir falar.
[4]
E um dia ele ia passando por um [vocalização] forno da cal estão tirando cal [vocalização] daquilo
[5]
INF1 e um [vocalização] um senhor disse-lhe: "Olha, Huberto" posso dizer nomes? "Olha, Huberto, não sabes,
[6]
a gente achou ago- achámos aqui estão em terreno de cal, quente achámos aqui uma camada de ratos".
[7]
INF1 De ratos.
[8]
E ele disse: "Olha"
[9]
INF2 Quem era que estava a falar?
[10]
INF1 O senhor O senhor Iago.
[11]
"Eu não me admiro,
[12]
que eu fui à caça, no outro dia, ao Cardal.
[13]
E botei-lhe um furão na toca,
[14]
e ele saiu-me três garoupas"!
[15]
Risos Também era mentira mas.
[16]
O outro estava a dizer
[17]
INF1 estava a dizer-lhe do forno da cal
[18]
e depois, como ele viu que era mentira, deu-lhe aquela.
[19]
INF1 Isto era o tal meu padrinho!
[20]
E outra vez, olhe, estavam estavam uns noivos num banquete
[21]
e estava um outro senhor, que era muito esperto assim para para dizer coisas.
[22]
E ele disse: "Olha, Huberto, a solenidade, quando se acaba de comer, [vocalização] o prato vira-se em cima da mesa".
[23]
Ele disse: "Olha, tio Hugo, é verdade.
[24]
Também o meu porco quando acaba de comer vira a pia"!

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