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Santa Justa, excerto 41

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoO oleiro
Informante(s) Dagoberto

Text: -


[1]
INF Isto para cozer depois tinha tinha [pausa] que ter uma determinada enxuga verdadeiramente enxuto, não é?
[2]
[pausa] Tinha que estar verdadeiramente enxuto.
[3]
Se fosse para o, para o forno Se fosse para o forno mal mal seco, depois no forno racha tudo.
[4]
Tinha que te- Tem que ter [vocalização] uma uma enxuga mesmo que a gente verifique que está mesmo enxuto por fora e por dentro, [pausa] para para aguentar depois o fogo.
[5]
Porque se for para meio seco e [vocalização] meio [vocalização] e assim meio fresco, isso rebenta tudo,
[6]
racha tudo.
[7]
Tem que estar verdadeiramente seco.
[8]
INF Não, este por dentro este por dentro é vidrado.
[9]
Chamamos-lhe nós vidrado.
[10]
Isto é passado com uma tinta, o chamado zarcão de vidrar.
[11]
Que esse zarcão de vidrar até serve também para pintar;
[12]
mas mas zarcão de pintura e zarcão de de vidrar.
[13]
E o zarcão de vidrar também é mais caro
[14]
e os pintores fogem a ele.
[15]
Mas até por acaso é bastante bom para para pintar.
[16]
Isto é zarcão de vidrar, [vocalização] que é um produto que é feito à base de chumbo, à base de chumbo;
[17]
depois isso [vocalização] era dissolvido no, no numa vasilha qualquer, assim larga;
[18]
e então depois, nós, depois de termos ali aquilo fabricado, deitávamos aquilo para dentro,
[19]
[vocalização] abanávamos;
[20]
esta parte aqui depois da boca molha-, molha-se molhava-se no coiso
[21]
E isto que vocês vêem aqui, era na altura que se está a molhar
[22]
deixa
[23]
Ele foi o mestre que deixou escorrer aqui um bocadinho.
[24]
Aqui até estava a escorrer
[25]
e o mestre limpou aqui com a mão

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