Representação em frases
Fontinhas, excerto 49
Texto: -
INF1 Cá só conheci musgo nos cabeçais.
Eu, colchão de de musgo nunca conheci,
INF2 Isso era [vocalização] nos pastos.
INF1 Agora, eu, cá não conheci, então, em casa da minha mãe.
INF2 Nos pastos é que há disso, muito.
INF1 Agora musgo nos cabeçais, digo eu à senhora que a gente ia mesmo…
Ajuntavam-se um monte delas nuns pastos, às vezes, [vocalização] a quinze e a vinte mulheres.
INF2 Era mais naquelas serras, naquela Serra do Cume.
Apanhávamos sacas de musgo…
Cada uma trazia a sua o seu saco ou a sua saca de musgo – ju- uns sacos de seis alqueires.
INF1 Aquilo era para os cabeçais.
escolhia-o todo da erva – se tinha alguma ervinha –,
E secávamo-lo bem sequinho
e botávamos nos cabeçais.
Há Há mais de um ano ou há mais de dois que eu não tenho já semelhante coisa.
INF2 O que tem agora é coisas que custam dinheiro.
INF1 Agora é coisas tudo que custam dinheiro.
INF2 Aquilo era, era ele era dado,
mas agora é por dinheiro, [pausa] que é melhor.
INF1 Olha, pois já não ninguém dá!
Já nem sequer há musgo como havia!
Porque [vocalização] deram em lavrar os pastos, deram em lavrar tudo
e já nem sequer há musgo como havia!
INF2 E o adubo, que o adubo deu em tirar o musgo.
INF1 E o adubo deu em acabar com aquilo.
Eu, ainda, quando fui mais o meu filho a esses matos aí para cima, ainda vi lá na tal coisa donde fomos para ir para debaixo do chão,
INF1 ainda apanhei lá uma coisinha, para trazer, para ver…
Ele é o costume que a gente tem.
INF1 A gente gostava daquilo.
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