R&D Unit funded by

Sentence view

Vila Praia de Âncora, excerto 12

LocalidadeVila Praia de Âncora (Caminha, Viana do Castelo)
AssuntoOs rios e os mares
Informante(s) Agrícola

Text: -


[1]
INF Quando o mar o mar vai assim em concha, começa assim a ficar mais fino, pumba, vira
[2]
é a arrebentação dele.
[3]
Porque o mar [vocalização] era, faz de conta O mar pode vir aqui.
[4]
Aqui é Faz de conta, isto aqui é um poço.
[5]
Mas chega aqui,
[6]
aqui é um baixo.
[7]
O mar ali não cogula,
[8]
mas, onde é que apanha [pausa] fundo baixo [vocalização], começa logo a cogular porque lhe falta o fundo.
[9]
É por isso que o mar tem arrebentação aqui na praia.
[10]
Porque é que ele não arrebenta fora?
[11]
Arrebenta fora com [vocalização] coisa de vento, temp- temporal, tempestade.
[12]
Mas, aqui na praia, em geral, é escusado estar tempestade para o mar arrebentar.
[13]
Agora não está tempestade
[14]
e o mar arrebenta.
[15]
Porquê?
[16]
Porque apanha [pausa] o fundo mais [pausa] baixo.
[17]
Mais baixo.
[18]
Se apanhar o [vocalização] mais [pausa] profundo, o mar não não vira.
[19]
INF Bem, quando é areia quando é areia, é bancos de areia.
[20]
São bancos de areia.
[21]
Porque a areia, o mar pode juntar a areia,
[22]
pa-, po- pode num sítio afundar
[23]
e, noutro dia, pode [vocalização] ficar mais seco, porque é com as correntes.
[24]
E quando é pedra, chamamos-lhe nós [pausa] secos ou cabeços, quer dizer
[25]
INF Secos.
[26]
Faz de conta, secos, que é é pedras mais altas que estão no fundo [pausa] e torna-se
[27]
pedras Deus me livre! que uma pessoa, com os aparelhos que tem, com a sonda
[28]
pedras que é para aí, quê?
[29]
Têm para aí vinte ou trinta metros de altura.

Edit as listText view