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AAL16

Sapeira, excerto 16

LocationSapeira (Castelo de Vide, Portalegre)
SubjectA agricultura
Informant(s) Alberto
SurveyALEPG
Survey year1983
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionCatarina Magro
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INQ Ó Senhor Alberto, e quando, portanto, quando semeava cereal, quando era uma extensão mais larga que quando estava a semear não abrangia de uma vez, não fazia uns regos, primeiro, que era para?

INF Fazia [pausa] as belgas. Chama-se Chamam-se as belgas.

INQ Tal e qual como se chama as belgas ali para aquelas?

INF Pois, como chama-se aqui embelgar; chama-se chama-se-lhe mesmo embelgar. É um regos que Ainda hoje se faz. Ainda ho- Ainda hoje se faz. Mesmo até para semear a forragem tem que se fazer as belgas. Quando não, a gente não abrange. [vocalização] A gente, com uma mão [vocalização] Mais, eu semeio de, do com dois arcos mas, mesmo assim, nunca apanho mais a distância mais do que três metros e meio, quatro metros [pausa] quando muito, quatro metros é à rasca.

INQ O que é que chama semear de dois arcos? Portanto é?

INF É [vocalização] fazer um arco assim, largar uma mão cheia assim, e a gente, quando é que mete a mão ao sementeiro que como a gente anda com [vocalização] um não sei se o senhor se tem visto? ,

INQ Pois, pois. .

INF a gente enche a mão, apanha do sementeiro e aventa com ela assim; espalha no ar, não é?

INQ Pois.

INF E depois isso faz um arco. Faz um arco, porque começa a fazer um bico assim e vai acabar além.

INQ Sim senhor.

INF Mas como como eu semeio de dois arcos, vou metade faço o arco mais pequeno, assim, ao contrário. Um vai assim e o outro, em depois, vai assim.


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